Pelo segundo ano consecutivo, o projeto Ateliê de Textos recebeu nota 100 em avaliação feita pelo MEC para a classificação no PROEXT 2016 (Programa de Extensão Universitária).
Dentre os critérios de avaliação atendidos pelo projeto estão: relação com a sociedade; indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; impacto na formação do estudante; geração de produtos e processos; integração com o ensino de graduação, entre outros.
O PROEXT foi criado em 2003 e tem como objetivo patrocinar programas e projetos de extensão, de instituições públicas de ensino superior, que contribuam para a inclusão social. O Ateliê de Textos ingressou no programa neste ano e está garantida a sua permanência para 2016.
A atual equipe comemora essa avaliação. Os acadêmicos integrantes do Ateliê de Textos acreditam que a nota máxima atesta que o projeto está realizando um bom trabalho: “Receber nota máxima nos motiva a continuar a caminhada”, declara Simone Rossi, que ingressou no projeto neste ano. “A nota também revela uma qualidade metodológica e teórica que o projeto vem desenvolvendo. É bom vermos que estamos contribuindo com a pesquisa, o esino e a extensão no caminho certo”, afirma Sabrine Weber, integrante do projeto desde 2013.
Para a professora Sara Regina Scotta Cabral, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Letras e colaboradora do Ateliê de Textos, a classificação do projeto no ProExt 2016 representa o coroamento de um trabalho de vários anos. “O Ateliê, para o Programa de Pós-Graduação em Letras, representa um avanço na história do Programa, que tem sentido a necessidade e a urgência de trabalhar com a educação em língua materna”, afirma Sara. De acordo com ela, as ações do Ateliê de Textos também têm atentido a um dos anseios do MEC, que é buscar soluções para o baixo desempenho dos estudantes brasileiros em exames internacionais de avaliação de estudantes como o PISA (Programme for Internacional Student Assessment).
O coordenador dos cursos de Letras, professor Orlando Fonseca, parabeniza o desempenho do Ateliê de Textos na avaliação. Para ele, “O trabalho da Profª. Cristiane Fuzer tem um significado importante para o Curso de Letras, tanto no que diz respeito ao estímulo à produção textual, quanto no trabalho de iniciação docente dos nossos alunos participantes na condução das atividades”.
Orlando acrescenta que o trabalho do Ateliê de Textos se mostra importante na atualidade em que os jovens se encontram dividos entre a escrita tradicional e o uso de novas tecnologias de comunicação: “Nesse sentido, a leitura e a produção escrita estão em risco, pois o apelo desses novos aparelhos é muito grande, e certas habilidades, como a capacidade de interpretar textos longos (livros, matérias jornalísticas, artigos) e a motricidade fina da elaboração manuscrita ou digital ficam reduzidas, quando o máximo que se produz ou se deduz tem 140 caracteres”.
Os recursos do PROEXT são usados no projeto em forma de bolsas de extensão aos estudantes da UFSM que integram a equipe do projeto, em recursos didáticos usados nas oficinas e impressão dos livros que reúnem os textos produzidos durante as oficinas nas escolas, além de materiais permanentes que ficam alocados para o Departamento de Letras Vernáculas.