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Pesquisa, inovação e transferência de conhecimento em um gole



A pesquisa nas universidades desempenha um papel fundamental para a geração de conhecimento e formação de recursos humanos altamente especializados. O conhecimento gerado pode ser transferido para a sociedade de diversas formas, como por exemplo, através de cursos e treinamentos, publicações de artigos e livros, conteúdos digitais, intercâmbios e várias outras atividades de interação com a comunidade local, nacional e internacional. 

Por meio da pesquisa, novos processos, métodos e técnicas são adaptados e, não raro, invenções surgem.
Nesse sentido, o potencial para transformação do conhecimento em inovação fica evidente, e a aproximação com o setor empresarial permite potencializar os processos que irão gerar produtos novos ou aprimorados, que acabam sendo introduzidos para uso e consumo de toda a sociedade. Contudo, os caminhos para a interação e transferência do conhecimento gerado nas universidades para as empresas, muitas vezes, são desconhecidos.

A ideia de que a inovação é objeto apenas para grandes empresas também é um mito que permeia o pensamento, em que se tem a ideia de que são necessários milhões de reais e um “setor de P&D” dedicado para tanto.

Desenvolvimento de bebidas premium

Para ilustrar que a história pode ser construída de maneira diferente, gostaria de compartilhar, como se deu o primeiro processo de transferência de conhecimento da UFSM (a chamada transferência de know-how) para empresas. O exemplo envolve uma parceria da chamada “tríplice hélice” (academia, empresa e governo).A UFSM, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, aprovou projeto junto ao Programa Doutorado Acadêmico Industrial do CNPq para o desenvolvimento de bebidas “premium” em parceria com a Cervejaria Zagaia (foto), de Itaara. 

Os estudos desenvolvidos na tese de doutoramento da acadêmica Sandra K. Schlessner permitiram o desenvolvimento de dois refrigerantes feitos com ingredientes naturais tendo como base sucos de gengibre e limão, além de extratos de hibisco. Ainda, uma cerveja do tipo “Radler”, de baixo teor alcoólico com notas de limão, foi produzida.Os conhecimentos gerados em parceria com a empresa com relação aos aspectos de formulação e produção, neste caso, foram objeto de três contratos de transferência de know-how elaborados por meio da Pró-Reitoria de Inovação da UFSM e publicados no Diário Oficial da União em dezembro último. 

Diversos aspectos relacionados à propriedade intelectual, royalties, direitos e deveres de ambas as partes foram acordados no contrato, e os produtos já podem ser encontrados no portfólio da cervejaria. Portanto, o caminho para a geração e transferência do conhecimento já é conhecido e pode estar ao alcance de todos, até mesmo num gole de refrigerante.

 

Texto: Juliano Smanioto Barin, professor do Departamento de Tecnologia e Ciência de Alimentos da UFSM.

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