A UFSM deu início ao projeto de pesquisa “Avaliação da performance de órteses e próteses” em parceria com a empresa Ortopedia Campones LTDA e com apoio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SICT/RS). O projeto, com orçamento de quase R$1 milhão, visa avaliar o desempenho desses dispositivos mecânicos utilizados por pessoas com limitações físicas, visando melhorar a qualidade de vida dos usuários.
“O primeiro ponto é a questão de auxiliar as pessoas”, explica o coordenador do projeto, Luís Fernando Nicolini, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSM. Ele destacou que muitas pessoas não recebem a reabilitação adequada, seja pela falta de dispositivos no mercado, falta de tecnologia ou pelo custo elevado. “Nossa proposta é ir além do desenvolvimento, testando se esses dispositivos atendem aos requisitos de usuário, tais como estabilidade, mobilidade, durabilidade, bem como a capacidade de se adaptar às suas características biomecânicas”, afirmou o pesquisador.
Nicolini ressaltou que a parceria entre a UFSM e a Ortopedia Campones LTDA permite à Universidade contar com know-how especializado, fundamental para o avanço da pesquisa. “Se trata de uma proposta multidisciplinar e que engloba as áreas de engenharia mecânica, engenharia elétrica, fisioterapia, e ortopedia. Adicionalmente, precisamos de conhecimento de mercado e experiência com usuários de órteses e próteses o que é fornecido pela empresa”
Além do Know-How, o coordenador também destacou outros benefícios da parceria com a empresa. De acordo com ele, a estrutura do laboratório utilizado para a pesquisa foi ampliada, incluindo a aquisição de uma máquina de ensaios mecânicos, importada da Alemanha no valor de R$540 mil. Nicolini afirmou que, com a aquisição da máquina será possível testar as órteses e as próteses e avaliar o seu desempenho mecânico, o que é um passo fundamental para o desenvolvimento destes dispositivos . “Foi possível adaptar e reduzir o custo de aquisição da máquina de ensaios mecânicos devido ao know-how da equipe e das parcerias internacionais com laboratórios na Alemanha”, revela o coordenador.
Ao final do projeto, a expectativa é de não apenas aprimorar as órteses e próteses disponíveis, mas também fortalecer a cooperação da UFSM com a indústria, abrindo o laboratório para novos testes de segurança e durabilidade de dispositivos. O coordenador concluiu explicando sua vontade de trazer esses dispositivos para um patamar com alto nível de evidência em relação a sua eficácia e eficiência em desempenhar suas funcionalidades e, consequentemente, melhorar a vida dos usuários de órteses e próteses.
Texto: Gabriela de Almeida, bolsista de comunicação da Proinova.
Revisão: Debora Seminoti Tamiosso, comunicação Proinova.