A UFSM e o IBRAMATE (Instituto Brasileiro de Erva Mate) anunciaram uma parceria para um projeto que visa revolucionar a pesquisa com clones de erva-mate, recebendo um aporte de R$ 60 mil reais provenientes do Fundomate, vinculado à cadeia produtiva da erva-mate.

O professor Dilson Antônio Bisognin, coordenador do projeto, destacou a relevância da UFSM nesse processo, assumindo um papel chave no desenvolvimento de tecnologias de clonagem. Bisognin afirmou que o principal objetivo é estabelecer clones no campo de erva-mate, utilizando a técnica de miniestaquia, e disponibilizá-los para os produtores em parceria com o IBRAMATE e empresas ervateiras do Rio Grande do Sul.

Bisognin ressaltou que a criação de clones de erva-mate por miniestaquia é uma inovação significativa, sem equivalentes comerciais. “Vamos melhorar a produtividade e a qualidade da produção de erva-mate no Rio Grande do Sul, impactando diretamente a indústria e o produtor”, afirmou o professor.

Além dos benefícios para a indústria e os produtores, a parceria oferece à UFSM conexão com as empresas e, consequentemente, com os produtores. Segundo Bisognin: “Estamos desenvolvendo uma tecnologia de interesse da cadeia produtiva, que será diretamente transferida para os produtores”.

O projeto, que tem duração de 24 meses, visa produzir mudas dos clones e estabelecer povoamentos clonais em diferentes regiões do estado. Considerando o tempo necessário para o desenvolvimento das plantas, os resultados desses materiais poderão ser consolidados a partir de dez anos. 

Essa parceria representa não apenas um avanço na pesquisa científica, mas também uma contribuição significativa para o setor produtivo, promovendo inovação e desenvolvimento sustentável na produção de erva-mate no Rio Grande do Sul.

Texto: Gabriela de Almeida – Bolsista de jornalismo

Revisão: Debora Seminoti Tamiosso – Comunicação Proinova