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Auster Tecnologia é a startup mais inovadora da Região Central segundo edital da Sict



A Auster Tecnologia, empresa incubada na UFSM, foi selecionada como a startup mais inovadora da Região Central do estado pelo mapeamento Casos de Sucesso de Inovação RS 2020. Promovida pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul (Sict), a iniciativa tem o objetivo de identificar casos de sucesso, reconhecer e incentivar  o desenvolvimento tecnológico gaúcho. 

 

Os critérios observados para a categoria em questão – startups em geral – foram capacidade da startup de contar sua história, apresentar as dificuldades enfrentadas e os aprendizados adquiridos durante sua evolução, existência de registro, proteção ou patente. Além disso, foram analisados a atuação internacional da startup, realização de cursos e busca por aprimoramento profissional continuado para a equipe, reconhecimento em outras premiações de startups e recebimento de investimento externo (investimento-anjo, crowdfunding, capital semente, editais e subvenções, ou venture capital). 

 

Fundada em 2016 por estudantes de engenharia da UFSM, com a proposta inicial de fabricar aeronaves remotamente pilotadas (ARP) para uso profissional diverso, a Auster Tecnologia atualmente trabalha com prescrição de insumos para agricultura. O foco da startup é a nutrição de plantas, especificamente com nitrogênio, que hoje é o fertilizante mais utilizado na agricultura. 

 

De todo o fertilizante produzido no mundo para agricultura, 60% é nitrogênio. Contudo, apesar de ser o mais produzido, ele é o mais caro. Seu uso na agricultura ainda é bem arcaico em termos de metodologia, por isso há perda de até 50% do fertilizante pela forma com que ele é distribuído na lavoura. Essa perda causa a poluição do solo e dos lençóis freáticos. 

 

A Auster cria um mapa digital que mostra a quantidade de fertilizante que deve ser colocada em cada ponto da lavoura e coloca em um pendrive que será conectado ao computador da máquina de distribuição. O CEO Saulo Penna Neto explica que “com essa distribuição correta se consegue aumentar a produtividade em até 10% e em culturas como o milho, é possível chegar a 12%”. Além do aumento de produtividade, a redistribuição de nitrogênio reduz significativamente a poluição do ambiente. 

Texto: Giovana Dutra, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec)

Ilustrações: Camila Santarem, acadêmica de Desenho Industrial, bolsista da Agência de Inovação e  Transferência de Tecnologia (Agittec).

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