A UFSM está liderando o projeto “Desenvolvimento de mecanismo de variação de razão de compressão para motores flex-fuel”, que tem como objetivo desenvolver o primeiro motor flex-fuel com razão de compressão variável do mundo, capaz de operar de forma otimizada tanto com gasolina quanto com etanol, ou uma mistura de ambos.
O projeto é uma parceria entre a UFSM, a Volkswagen e a G2W Sistemas, empresa residente no InovaTec UFSM Parque Tecnológico. A Universidade será responsável pelo desenvolvimento e projeto dos componentes, com o suporte da Universidade de Heilbronn, na Alemanha. A Volkswagen contribuirá com sua rede de fornecedores e apoio financeiro, enquanto a G2W Sistemas atuará no desenvolvimento da tecnologia.
Segundo o coordenador do projeto, professor Mario Eduardo Santos Martins, o motor será destinado exclusivamente a automóveis. Ele explica que a proposta busca solucionar uma limitação presente nos motores flex atuais. “Hoje, os motores flex não possuem uma razão de compressão ideal, nem para gasolina, nem para etanol. Nosso objetivo é criar um motor que opere de forma otimizada com qualquer um desses combustíveis ou com uma mistura deles. Trata-se de um projeto pioneiro no mundo, desenvolvido aqui no Brasil.”
Além da inovação tecnológica, a parceria trará benefícios significativos para a UFSM. “Projetos como esse viabilizam o investimento em recursos humanos, permitem a manutenção e o aprimoramento dos laboratórios e formam alunos com alto nível técnico, prontos para atender às demandas do mercado de trabalho”, destaca o professor Mario. Ele também ressalta que, ao longo do projeto, a infraestrutura da UFSM será aprimorada com a aquisição e melhoria de equipamentos.
O próximo passo do projeto consiste em desenvolver os componentes e fabricar protótipos, com o objetivo de apresentar um demonstrador tecnológico ao final do cronograma. “Essa tecnologia tem um potencial enorme de impacto econômico e sustentável. Ela permitirá maior eficiência e economia para o consumidor, além de maximizar a utilização de biocombustíveis, contribuindo para um futuro mais sustentável”, afirma Martins.
Texto: Gabriela de Almeida, bolsista de comunicação da Proinova.
Revisão: Debora Seminoti Tamiosso, comunicação Proinova.