A UFSM, em parceria com a empresa Vitalltech, deu início ao projeto denominado “Eficiência biológica e qualidade da carne de cordeiros alimentados com níveis de compostos fitogênicos”, que busca testar um novo composto fitogênico na nutrição animal. A pesquisa, coordenada pelo professor do Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos da UFSM, Renius de Oliveira Mello e desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa Avançada em Carnes & Derivados (MeatGroup – UFSM), pretende avaliar a eficiência do produto no ganho de peso dos animais e na qualidade final da carne, incluindo características como maciez e suculência.
O projeto, em fase de execução, envolve o confinamento de animais que estão sendo alimentados com uma dieta enriquecida pelo composto desenvolvido pela Vitalltech. A pesquisa inclui ainda a análise da emissão de metano pelos animais, com a expectativa de que o produto contribua para a sustentabilidade da pecuária ao reduzir o impacto ambiental, uma vez que o metano é um dos principais gases de efeito estufa gerados pela atividade.
O coordenador do projeto explicou que, além da melhora esperada na eficiência biológica dos animais, o composto fitogênico pode representar uma alternativa aos antibióticos sintéticos, promovendo benefícios à saúde animal e à segurança de alimentos. “Esses compostos naturais têm propriedades antioxidantes e antimicrobianas, o que é vantajoso não só para o bem-estar dos animais, mas também para os consumidores, ao oferecer um produto diferenciado e de qualidade superior”, comentou o pesquisador.
O coordenador do projeto destacou a participação e colaboração do setor de Ovinocultura do Departamento de Zootecnia . Ainda afirmou que, além de fortalecer o relacionamento entre academia e indústria, o projeto oferece à Universidade a oportunidade de formar profissionais altamente qualificados em nutrição animal e ciência de alimentos.
O pesquisador concluiu que a expectativa ao término do projeto é de que os resultados possam indicar o potencial do composto fitogênico para otimizar a produção de carne com menor impacto ambiental, atendendo às demandas do mercado por produtos mais saudáveis e sustentáveis.
Texto: Gabriela de Almeida, bolsista de comunicação da Proinova.
Revisão: Debora Seminoti Tamiosso, comunicação Proinova.
Fotos: Bibiana Butzke.