No início de 2024, a UFSM e a Emerge, com apoio da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) lançaram o Treinamento em Inovação e Construção de Modelos de Negócios. A iniciativa tem como objetivo realizar um Programa de Inovação para capacitação de pesquisadores sobre relação ciência-mercado e modelagem de negócios de base científica.  

Na primeira fase do programa, os inscritos participaram de uma série de webinários que abordaram conceitos chave do relacionamento entre ciência e mercado, estratégias para estruturação de um laboratório empreendedor e introdução a uma ferramenta de modelagem de negócios de base científica. Nesta fase, foram selecionados 12 projetos que continuam no Treinamento. 

Durante os meses de julho e agosto, as equipes dos projetos selecionados participarão das oficinas para a construção do Business Case e  receberão mentorias para elaboração dos projetos. O primeiro material já foi divulgado e teve como conteúdo as Deep Techs. Ministrado pelo  Gerente de projetos da Emerge, Douglas Veronez, o webinar apresentou o que são Deep Techs e como o conhecimento gerado na academia se relaciona com o surgimento de mais deep techs no Brasil. 

Os pesquisadores ainda receberão mais três oficinas, que abordarão os seguintes temas:

• A patente mais valiosa da USP – o caso Vonau Flash
• Lygia Pereira: Pesquisadora da USP e CEO da Gen-t
• Os aprendizados de executivos que aprendem em Deep Techs

A próxima fase do programa, intitulada “Criação dos Business Cases e Evento de Apresentação”, está marcada para o início do próximo semestre. Durante esta fase, os participantes selecionados serão desafiados a criar business cases para suas respectivas tecnologias, com o apoio da equipe da Emerge. 

O que são Deep Techs?

A expressão “deep tech” refere-se a soluções disruptivas que estão redefinindo a fronteira entre ciência e inovação. Elas referem-se a inovações tecnológicas que são baseadas em descobertas científicas ou avanços de engenharia significativos. Essas tecnologias geralmente envolvem uma base sólida em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e têm o potencial de criar mudanças disruptivas em vários setores.

Texto: Gabriela de Almeida, bolsista de jornalismo da Proinova.

Revisão: Debora Seminoti Tamiosso, Comunicação Proinova.