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UFSM capta R$ 2 milhões em projeto para desenvolver sistema de manutenção preditiva em torres e usinas de transmissão 



A Agência Nacional de Energia Elétrica apontou que o número de desligamentos em torres de energia devido a atos de vandalismo em 2023 já é o maior dos últimos cinco anos. Para combater essa ameaça, a UFSM em parceria com a Santo Antônio Energia, uma usina no rio Madeira em Porto Velho, RO, que alimenta o Acre, Rondônia e São Paulo, está implementando um projeto inovador. 

A proposta possui um aporte financeiro de R$2 milhões de reais, totalizando R$6 milhões com parte da empresa e parceiros. A ideia visa instalar sensores strain gauge nas torres de transmissão para detectar vandalismo, permitindo uma manutenção preditiva de baixo custo e prevenindo quedas na transmissão.

De acordo com o coordenador do projeto, Tiago Marchesan, seu principal objetivo é aumentar a confiabilidade do sistema contra atos de vandalismo. Ele diz que, com essa tecnologia, é possível identificar e intervir antes que ocorram problemas graves na transmissão, prolongando a vida útil das torres.

O projeto tem um impacto significativo no meio acadêmico, com dissertações de mestrado e teses de doutorado relacionadas ao uso da inteligência artificial nesse contexto. Socialmente, o projeto visa garantir um fornecimento de energia mais confiável e estável, especialmente nas regiões do Norte do Brasil, além de reduzir custos associados ao vandalismo para os consumidores.

Além da Santo Antônio Energia, financiadora do projeto, também está envolvida na instalação do sistema a AMTK – Soluções em Telecom e Energia , empresa  experiente na área de monitoramento de torres de transmissão. Segundo Marchesan, a parceria com essas empresas proporciona aos alunos oportunidades de aplicar seus conhecimentos na quarta maior geradora do país, apresentando resultados em congressos científicos de alto impacto e adquirindo experiência prática. 

O coordenador ainda acrescenta que, ao final, o projeto espera entregar 10 unidades protótipo instaladas nas torres da Santo Antônio Energia para monitoramento em campo, contribuindo para um sistema de transmissão de energia mais confiável e eficiente.


Texto: Gabriela de Almeida – Bolsista de jornalismo

Revisão: Debora Seminoti Tamiosso – Comunicação Proinova

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