O professor do curso de Medicina Veterinária, Maurício Veloso Brun, junto ao médico veterinário Wendell Monteiro Barboza de Ribeirão Preto – SP são os responsáveis pela invenção de um conjunto de pinças para realização de cirurgias veterinárias. As ferramentas permitem a dissecação vascular em vasos que são de difícil acesso e que se encontram entre estruturas nobres.
“As pinças que normalmente estão disponíveis têm ângulos pré-determinados e formatos diferenciados, mas que nem sempre alcançam a estrutura que precisam ser dissecadas. Pode ser que não possuam o comprimento, o formato, o ângulo apropriado para aquela região, naquela situação específica. Então, em algumas doenças bem importantes, existem vasos que são profundos e que estão entre estruturas nobres. Nesses casos, com os instrumentos convencionais nem sempre se consegue alcançar o tecido de forma fácil e segura para poder dissecá-lo”, explica Maurício.
Depois de identificarem essa dificuldade no seu dia a dia, os dois pesquisadores buscaram alternativas que pudessem solucionar o problema. Foi então que realizaram desenhos e esquemas. Na sequência, desenvolveram o protótipo de pinças que pudessem permitir a dissecação de vasos tão importantes em cirurgias.
“Após muitos desenhos e debates, bastante trabalho em cima do conceito de como desenvolver alguns instrumentos que pudessem facilitar a dissecação de vasos, desenvolvemos alguns desenhos, depois partimos para alguns protótipos. Uma vez tendo os protótipos fomos aprimorando em estudos em cadáveres para depois chegar nos desenhos finais. Até que se chegou a um conceito final e foi realizado o registro”, conta o professor.
Desenho das pinças desenvolvidas (Foto: Divulgação)
Foi desenvolvido um conjunto com três pinças de formatos diferenciados e únicos que são mais adequados para a realização de determinadas dissecações vasculares. As pinças podem ser usadas em conjunto ou individualmente, de acordo com a necessidade da situação.
O depósito do registro de patente foi realizado no primeiro semestre de 2023 pela UFSM. A tecnologia está disponível para licenciamento. Ficou interessado? Saiba mais através do e-mail: proinova.npv@ufsm.br.
Texto escrito por Débora Hundertmarck – Estagiária de Comunicação da Proinova