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Uma nova era para a inovação na UFSM: Conheça a Proinova, a nova Pró-Reitoria da UFSM



Solenidade de posse do Pró-Reitor Daniel Bernardon marcou o início da Proinova. (Foto: Débora Hundertmarck)

Com a decisão do Conselho Universitário (CONSU) ocorrida em novembro do ano passado, a Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia da UFSM (Agittec) dará lugar à Pró-Reitoria de Inovação e Empreendedorismo (Proinova). A solenidade de posse do Pró-Reitor de Inovação e Empreendedorismo ocorreu ontem, no Coworking da Incubadora Pulsar. A mudança é uma das iniciativas da implementação de um novo pilar, o de inovação, no então tripé da universidade: pesquisa, ensino e extensão. 

O surgimento da Proinova é um marco importante para a história da inovação na UFSM, já que o formato de Pró-Reitoria permite maior autonomia para o órgão. Até então, a Agittec dependia do apoio de outras Pró-Reitorias para acessar diversos programas de iniciação tecnológica. 

O então diretor da Agittec, agora Pró-Reitor de Inovação e Empreendedorismo, Prof. Daniel Bernardon, explica que programas com demandas mais voltadas à tecnologia, inovação e empreendedorismo poderão ser conduzidos pela Proinova.

“Um exemplo: em dezembro o CNPq lançou uma chamada de mestrado acadêmico de inovação e doutorado acadêmico de inovação (MAI e DAI). São bolsas de mestrado e doutorado vinculadas aos programas de pós-graduação e às empresas, que oferecem contrapartidas econômicas e financeiras. Esse tipo de iniciativa tem um perfil mais próximo da Proinova, faz sentido ela conduzir o processo, mas sempre em sinergia e atuando de forma conjunta com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa”, explica Daniel. 

A consolidação de um novo pilar junto a ensino, pesquisa e extensão não é uma novidade no Rio Grande do Sul. Instituições como UFRGS, UFPel, Unipampa e FURG já possuem Pró-Reitorias de inovação. Essa mudança reforça a presença da UFSM dentro da quádrupla hélice do ecossistema de inovação, sendo fundamental para o desenvolvimento do futuro no Brasil.

Após a aprovação do Parque de Inovação, Ciência e Tecnologia, o InovaTec, ocorrida em 2020, esse é o próximo passo para a perpetuação da inovação dentro da UFSM. O atual Reitor, Luciano Schuch, comenta que a Proinova surge para auxiliar na consolidação da marca da UFSM no cenário nacional:

“Agora a gente consegue ter uma relevância nacional, incentivando a inovação através de uma  estrutura para fomentar a inovação, a transferência de tecnologia e o empreendedorismo na universidade, conseguimos nos igualar às principais universidades do país”, diz o Reitor.

Até então, a Agittec era responsável pela formalização da tranferência de tecnologias desenvolvidas na UFSM para empresas e indústrias; pelo apoio de startups por meio da gestão da incubadora Pulsar; e pela definição de estratégias de proteção de bens intelectuais, através do apoio às atividades de gestão na instituição. 

 

A história da inovação na UFSM

Em 2001, as demandas voltadas para a inovação na UFSM eram de responsabilidade do Núcleo de Propriedade Intelectual, que era um órgão ligado à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. Em 2005 passou a se chamar Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NIT), com novos objetivos e, em especial, com a inserção da inovação como uma de suas missões. Foi apenas em 2015 que o órgão tornou-se o que conhecemos hoje como Agittec. 

Equipe da Agittec em dezembro de 2014. Da esq. para a dir.: Debora Tamiosso, Juliana Pessolano, Juan Dorneles, Tiago Marchesan, Silon Procath, Cibele Couto, Andiel Ortiz, Ricardo Comerlato e Hélio Hey. (Foto: Reprodução)

O professor Hélio Hey atuou como Diretor do NIT, e em seguida da Agittec, de 2014 até 2021. Ele conta que a Agittec surgiu como uma porta entre a sociedade e a universidade, para facilitar esse contato entre dois players tão importantes do ecossistema de inovação. 

“A Agittec veio para ser um elemento facilitador da vida do pesquisador e do servidor, e também ser um canal de comunicação. Que a sociedade externa enxergasse na Agittec a porta de entrada da universidade para realizar projetos de desenvolvimento, projetos de pesquisa, melhoria de produtos, processos e serviços, e até mesmo atender gargalos e necessidades que a sociedade externa tenha”, explica o professor.

O professor e atual Diretor do Centro de Tecnologia (CT), Tiago Marchesan, trabalhou ao lado de Hélio na gestão da Agittec como Coordenador de Transferência de Tecnologia de 2015 a 2017. Quando iniciou, Tiago conta que buscaram a aprovação de um projeto junto ao CNPQ para visitar centros de inovação na Europa que seriam referência para estruturação da Agittec. 

“Nós pudemos fazer um tour por vários centros de inovação de Portugal e Espanha que eram excelência na área de inovação e que faziam isso muito bem, e que estavam mais próximos à realidade da Universidade Federal de Santa Maria”, conta Tiago. 

 

O que muda?

A partir da criação da Proinova, a estrutura ganha novos núcleos e reconfigura alguns já existentes na Agittec. Essas alterações buscam contemplar todas as faces da inovação e do empreendedorismo dentro da UFSM. 

“Haverá um núcleo específico para prospecção e valoração, que é bem importante para ter uma prospecção ativa junto às empresas, fomentos e junto com a nossa comunidade universitária. Além disso, será especializado em como valorar as tecnologias que são produzidas aqui para fins depois  de sessões ou licenciamentos. Teremos também a unificação da Coordenadoria de Propriedade Intelectual com a de Transferência de Tecnologia. Hoje estão separadas. Com a unificação, quando a gente pensar em propriedade intelectual, a gente já pensa na transferência à própria sociedade”, conta Daniel. 

O papel de gestão da incubadora Pulsar, antes atribuído a Agittec, passa a ser responsabilidade do parque InovaTec, que por sua vez fará parte da estrutura da Proinova. Essa nova organização possibilita a melhor gestão de todas as frentes do órgão. 

O gestor da Pulsar, Anderson Paim, explica: “Muda a institucionalidade da incubadora, que agora está inserida agora dentro de um parque tecnológico, uma estrutura voltada e direcionada para ambientes de inovação, o que antes ela não tinha. Ela estava ligada a uma Coordenadoria de Empreendedorismo que não tinha esse intuito, não tinha esse viés de gestão de ambientes de inovação. E o parque, por sua vez, está submetido à gestão da Pró-Reitoria da Inovação e Empreendedorismo. Em termos organizacionais há toda uma preocupação da universidade agora em instituir uma pró-reitoria para cuidar dos assuntos que permeiam a inovação e a Pulsar agora tem um ambiente próprio para o desenvolvimento das suas atividades e ações”.

Já sobre mudanças no parque a partir do surgimento da Proinova, a gestora do parque, Maria Daniele Dutra, diz: “Não usaria a palavra mudança, mas sim, intensifica e potencializa as ações em prol do avanço do ecossistema de inovação e empreendedorismo, afinal teremos uma pró-reitoria pensando em ações de promoção, fomento que contribuirão com o desenvolvimento de Santa Maria”.

A Coordenadoria de Transferência de Tecnologia e Propriedade Intelectual (CTTPI) permanece com o mesmo papel dentro da Proinova, como já atua na Agittec. Dentro dessa estrutura, a CTTPI tem três frentes de atuação: propriedade intelectual, apoio a projetos e prospecção e valoração. 

O Chefe do Núcleo de Propriedade Intelectual, o professor Lucio Dorneles, explica que o papel da Agittec é não só garantir que a universidade seja reconhecida pelas suas criações. É também transferir esse conhecimento para a sociedade, para além do arco.

“Nós estamos aqui do lado do arco, então nós queremos fazer chegar tudo isso, tudo isso que a gente produz aqui dentro, para o lado de fora. Impactar principalmente a nossa região, mas se possível, o sonho mais alto é impactar o mundo”, explica Lucio. 

A Coordenadoria de Empreendedorismo da Agittec se transforma em Coordenadoria de Educação Empreendedora na Proinova. Dessa forma, irá atuar com ações mais direcionadas para o fomento ao empreendedorismo dentro de sala de aula. A Coordenadora de Educação Empreendedora, prof.ª Carmen Rosa, explica o papel da coordenadoria:

“Com a criação da Proinova, a Coordenadoria de Educação Empreendedora redireciona o olhar para o fomento da qualificação, atuação e liderança na inovação e empreendedorismo na comunidade acadêmica. Promovendo ações estratégicas para o desenvolvimento de ideias e soluções, autoconhecimento e desenvolvimento de habilidades de interação em grupo, novas formas de correlacionar áreas do conhecimento e aproximação com um ecossistema repleto de oportunidades”, explica. 

 

O futuro da inovação na UFSM

Com o surgimento da Proinova e do InovaTec, a UFSM abre portas para o futuro da inovação e do empreendedorismo na instituição. O novo eixo estruturante conecta o meio acadêmico à sociedade e traz novos negócios, novos projetos e novas oportunidades para os docentes, técnicos administrativos e discentes da UFSM. 

“A mudança da Agittec (que hoje acaba ficando restrita a algumas áreas da nossa atuação) para a Pró-Reitoria de Inovação e Empreendedorismo, vai permitir com que o status de Pró-Reitoria tome parte mais dessa visão a todas as áreas do conhecimento. E caberá à Proinova olhar estas vertentes transversais. Esse é o grande desafio da Proinova. Ela nascer com essa cara é um pouco olhar para outras áreas também. Olhar para cultura, olhar para artes, olhar para ciências sociais… E olhar que ali a inovação e o empreendedorismo também acontece, de que forma acontece, e de que forma a Pró-Reitoria de Inovação vai poder potencializar essas ações nesses locais que hoje talvez a Agittec não tenha tanta sinergia no momento atual”, comenta Tiago. 

Alguns desafios serão enfrentados pela nova estrutura dentro da UFSM. Entre eles, a constituição do Parque Inovatec e a reestruturação dos processos de prospecção, valoração, transferência de tecnologia e educação empreendedora da então Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia. O agora Pró-Reitor de Inovação e Empreendedorismo salienta a importância da participação da comunidade acadêmica para o enfrentamento dos desafios da construção desse novo pilar na instituição:

“Como toda nova estrutura, ela vem junto à responsabilidade. Então, a gente tem uma série de desafios a serem vencidos. Para esse projeto dar certo, a gente vai precisar muito contar com o engajamento das unidades. Os nossos discentes, docentes, técnicos e empresas. É um projeto para a universidade e para desenvolvimento da cidade, da região e mundo afora. A gente conta muito com a participação de todos e todas para gente ter sucesso nessas iniciativas. É sempre um espaço aberto, a gente está propício a receber uma série de contribuições e ajustes, porque o papel da Pró-Reitoria e suas estruturas é ser um facilitador. É bem importante para sermos um facilitador nós temos uma interação cada vez mais intensificada com a nossa comunidade e termos esses retornos para cada vez a gente melhorar os nossos processos”, diz Daniel.

Sobre o que esperar do futuro da inovação na UFSM, o Reitor da UFSM ressalta que a comunidade acadêmica pode esperar não somente por uma Pró-Reitoria e a uma gestão alinhadas ao propósito do desenvolvimento do empreendedorismo, mas também ao papel social da UFSM:

“Podem esperar uma Pró-Reitoria de Inovação e a gestão da universidade muito empenhadas para que a inovação, o empreendedorismo, a transferência de tecnologia esteja presente em todas as unidades de ensino. Isso nunca deixando de lado o papel social da universidade. A gente tem um orgulho muito grande de dizer que a nossa universidade consegue ser uma das universidades mais inclusivas do mundo, uma universidade que tem a primeira moradia indígena do país. E ao mesmo tempo, somos uma das universidades mais empreendedoras do país. A gente consegue fazer inovação e inclusão social. Esse é o papel da nossa universidade. Vamos ter uma universidade presente, uma universidade que vai captar muito recurso junto da sociedade para fazermos  a transformação, com foco no desenvolvimento econômico e social”, ressalta Luciano. 

 

Texto por Débora Hundertmarck – Estagiária de Comunicação

 

 

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