O acordo assinado pela UFSM, em parceria com a CEEE-D e a FATEC, garante aproximadamente 11 milhões de reais a serem aplicados ao longo de 4 anos no projeto Rota Elétrica Mercosul – Suporte ao Desenvolvimento e Gerenciamento para Mobilidade Inteligente. Em execução desde 2019, sob coordenação da professora Alzenira Abaide, o projeto se propõe a instalar estações de recarga de veículos elétricos ao longo de 905 Km do litoral gaúcho. A Agittec, por meio da Coordenadoria de Transferência de Tecnologia, orientou os procedimentos administrativos do contrato.
O corredor será composto de estações de recarga rápida nas cidades de Torres, Porto Alegre, Camaquã, Pelotas, Jaguarão, Rio Grande e Chuí. Isso possibilitará viajar até o Uruguai, que já possui uma rota de recargas elétricas. A partir do país vizinho, será possível chegar a Buenos Aires, na Argentina, pela travessia do estuário do Prata. Também será possível acessar a Argentina e o Paraguai seguindo pela rota da Companhia Paranaense de Energia (Copel), por isso o “Mercosul” no nome.
O projeto foi escrito, apresentado e defendido em um edital público da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pela professora Alzenira Abaide, pesquisadora do Centro de Excelência em Energia e Sistemas de Potência (CEESP) do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFSM. O projeto, que possui a CEEE-D como parceira, foi selecionado e aprovado para ser executado. O valor recebido será destinado a recursos humanos, material de consumo, viagens para apresentação de trabalhos em congressos, serviços de terceiros e, principalmente, material permanente, como a compra de 9 a 10 eletropostos, que custam em torno de 200 mil reais cada.
Junto a cada estação de recarga serão instalados carports, que são espaços visualmente iguais a pergolados, com cobertura de painéis fotovoltaicos. Também serão instaladas fontes de geração eólica e armazenadores, para que os veículos elétricos – que não poluem – possam receber energia de fontes renováveis. Todos esses equipamentos têm um custo bastante elevado, que Abaide atribui ao fato de ser uma tecnologia nova “o custo será reduzido ao longo do tempo, assim como ocorreu com os celulares, e a tendência é que os veículos elétricos se igualem aos veículos comuns”. A professora ressalta a importância de colocar a UFSM à frente da inovação em termos de mobilidade elétrica, que já é uma realidade e será ainda mais no futuro.
Texto: Giovana Dutra, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec)
Ilustrações: Camila Santarem, acadêmica de Desenho Industrial, bolsista da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec).