Salão de Inovação e Empreendedorismo 2014
A Universidade Federal de Santa Maria vem desenvolvendo nos últimos anos diversas atividades ligadas à inovação. Além de ter criado a primeira Incubadora Tecnológica do RS (Incubadora Tecnológica de Santa Maria – ITSM), como um projeto de Extensão do Centro de Tecnologia, também, estruturou seu NIT (Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia) e, no ano de 2013 criou o PIT (Polo de Inovações Tecnológicas e Sociais).
No ano de 2014 está sendo criada a AGITTEC (Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia) que coordenará todas as atividades relacionadas com inovação, transferência de tecnologia e empreendedorismo. Deste modo, torna-se urgente a difusão de uma cultura empreendedora e de transferência de tecnologia internamente na Universidade.
Com esse intuito realizar-se-á o I Salão da Inovação e Empreendedorismo da UFSM, visando reunir empresas, instituições, profissionais e estudantes comprometidos com o empreendedorismo, a inovação e a transferência de tecnologia. O Salão de Inovação e Empreendedorismo é uma ferramenta do NIT para que as pessoas comprometidas com o desenvolvimento tecnológico e a inovação entrem em contato com as novas tecnologias e sigam o rumo das novas tendências do mercado.
Atualmente as discussões sobre inovação, empreendedorismo e transferência de tecnologia ocorrem em ambientes separados sendo realizadas dentro da academia ou no meio empresarial. O I Salão de Inovação e Empreendedorismo busca ser um ambiente onde esses temas são discutidos, tanto pela academia quanto pelo meio empresarial, em um mesmo espaço e, com a visão de geração de emprego de alto valor tecnológico buscando o desenvolvimento regional, proporcionado pelo aumento da competitividade da região e por consequência sua maior inserção do comércio internacional.
Para isso, faz-se necessário acelerar o nascimento e o crescimento de empresas inovadoras, tanto por meio de instrumentos regionais e governamentais de apoio, quanto pela atração de investimentos em capital de risco nesses empreendimentos. Os principais fatores para estimular o investimento em empresas inovadoras por parte dos investidores é, principalmente, o potencial de crescimento destas vinculado a existência de uma mentalidade empreendedora além de um ambiente propício a inovação e a transferência de tecnologia.
Do lado do empreendedorismo, o número de empresas no Brasil cresceu 47% entre 2000 e 2010, alcançando 6,2 milhões de negócios. Segundo o Banco Mundial, o Brasil cria 316.000 novos negócios por ano, ficando em terceiro lugar como o país mais empreendedor, atrás apenas de Estados Unidos e Reino Unido. A taxa de sobrevida, que considera as empresas que ultrapassam dois anos de existência, cresceu de 50% no começo da década para 73% hoje. O Brasil saiu da era do empreendedorismo de necessidade e está inaugurando uma nova fase — a do empreendedorismo de oportunidade, com um número crescente de empresas sendo criadas para aproveitar uma oportunidade identificada de mercado. O empreendedorismo por oportunidade passou de 45% em 2002 para 69% do total de novos empreendimentos em 2011 (Fonte: MDIC).
Além disso, agregar recursos e conhecimentos, visando o crescimento acelerado e a sustentabilidade dos negócios, são primordiais para maximizar o valor das empresas e, portanto, para se ter empresas modernas e competitivas, para dinamizar os gastos em P&D, para gerar mais valor à sociedade e para se ter mais empregos e uma economia diversificada. Assim, capacitação de empreendedores inovadores torna-se questão chave para ligar o potencial da ideia/tecnologia (Academia) com um rápido crescimento de mercado (Setor Empresarial). Pois, essa ação evita que boas oportunidades de negócio e investimentos sejam perdidas devido a falta de perfil do empreendedor, pouca estruturação da empresa ou modelagem de negócio errada.
Desse modo, o I Salão de Inovação Empreendedorismo da UFSM torna-se importante para articular a sinergia e as ações entre o conhecimento existente na Universidade, as potencialidades das empresas e dos empreendedores situados na região ou que possam ser atraídos para ela, e as necessidades de mercado.
Objetivos
O I Salão de Inovação e Empreendedorismo da UFSM (SIE 2014), tem por objetivo ser um espaço para a promoção da cultura da inovação, do empreendedorismo e da parceria universidade-empresa na UFSM e na região Central do RS, sendo uma excelente oportunidade para que as pessoas comprometidas com o desenvolvimento tecnológico e a inovação entrem em contato com as novas tecnologias e sigam o rumo das novas tendências nessas temáticas.
Objetivos Específicos
- Promover o desenvolvimento tecnológico da região;
- Difundir o empreendedorismo;
- Aumentar o número de egressos da UFSM com perfil empreendedor;
- Organização, articulação e realização de projetos inovadores capazes de contribuir para o desenvolvimento regional;
- Promover o debate sobre inovação, empreendedorismo e transferência de tecnologia.
Ricardo Felizzolla
Natural de Porto Alegre, RS, é engenheiro eletricista, com mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS. É Presidente do Conselho de Administração da PARIT S/A, uma holding de investimentos que trabalha para desenvolver suas empresas controladas com padrão de gestão, capacidade tecnológica e potencial diferenciado de inovação. A Parit é controladora da HT Micron, Altus e Teikon, das quais Felizzola é sócio-fundador. Em seu último empreendimento, a HT Micron, liderou a formação de uma Joint Venture com a sul-coreana Hana Micron, criando a maior fábrica de componentes semicondutores da América Latina, contando com tecnologias de última geração. A HT Micron está inserida na cadeia produtiva brasileira para produtos de informática como desktops, notebooks e smartphones, encapsulando e testando Circuitos Integrados de forma massiva.
Diz Fellizzola: “Acredito que a tecnologia e a inovação são essenciais para um Brasil mais competitivo, com mais postos de trabalho qualificados e um futuro promissor para os seus cidadãos. Como professor que fui, empresário que sou e com minha formação de engenheiro cumpro minha vida profissional seguindo a visão decorrente destas possibilidades”.
Cleber Prodanov
Concluiu a graduação em História pela Universidade do Vale do Rio do Sinos, UNISINOS, em 1987, e obteve os títulos de Mestre (1992) e Doutor (1998) em História Social pela Universidade de São Paulo, USP. Atualmente exerce a função de Secretário de Estado da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do RS e é professor titular da Universidade Feevale, onde atua no Programa de Pós-graduação de Processos e Manifestações Culturais.
Diz Prodanov: “Vivemos uma era de mudanças rápidas e profundas, onde os modelos tradicionais não estão encontrando sustentação para resolver algumas das grandes questões das sociedades. Esse pensamento se aplica a fenômenos sociais e políticos, tanto quanto aos científicos e tecnológicos. Na verdade, existe uma grande revolução em marcha que é liderada pelo conhecimento. Se no passado as matérias primas tiveram um grande peso econômico e geopolítico, nota-se uma importante mudança nos rumos com a migração dos principais ativos nacionais para os talentos criativos, abrigados em ambientes de inovação, tais como empresas nascentes e extremamente inovadoras como as startups, incubadoras, e Parques Tecnológicos”.
Jorge Nicolas Audy
Possui graduação em Sistemas de Informação pela PUCRS e, mestrado e doutorado na área de Sistemas de Informação pela UFRGS. É Professor Titular da Faculdade de Informática e Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação da PUCRS. Pesquisador na área de Ciência da Computação, com linhas de pesquisa em Engenharia de Software, Sistemas de Informação e Gerência de Projetos. Tem experiência em Gestão de Ciência, Tecnologia & Inovação (C,T&I), nas áreas de Inovação Tecnológica, Ambientes de Inovação (Parques Científicos e Tecnológicos) e Interação Universidade, Empresa & Governo (Transferência de Conhecimento). Atualmente é Presidente da IASP (International Association of Scences Parks and Areas of Innovation/Latin America) e Vice-Presidente da ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores).
Diz Audy: “A inovação não ocorre sem a presença de empresas que transformem o conhecimento gerado nas universidades em valor econômico. Este processo de agregar valor ao conhecimento é o que caracteriza a inovação e requer a presença dos três atores: academia, empresa e governo. Na sociedade em que vivemos, fortemente baseada em conhecimento, a forma como os diversos atores atuam é determinante para o futuro em termos de desenvolvimento não só tecnológico, mas também econômico, social e cultural. Neste contexto, a aproximação entre o universo produtivo e a academia é elemento essencial para um desenvolvimento autônomo e sustentável na sociedade em que vivemos”.
Paulo Zavislak
Graduado em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, tem mestrado (DEA) e doutorado em Economia pela Universidade de Paris 7. É Professor Associado na Escola de Administração da UFRGS. Desde 2010 coordena o Núcleo de Gestão da Inovação Tecnológica (NITEC) com projetos ligados à economia e gestão de tecnologia e da inovação em empresas, cadeias industriais e redes de empresas. Atualmente coordena o projeto PRONEX “Caminhos da Inovação da Indústria Gaúcha” (CNPq-FAPERGS). Participa da rede internacional de pesquisa Game Global Network (com LUT-Finlândia e GeorgiaTech-EUA) relativa a estudos no setor de papel & celulose. É professor convidado junto à Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Universidade de Lille 1, França.
Em sua palestra, o Prof. Zawislak apresentará os resultados do pesquisa sobre “Os caminhos da inovação na indústria gaúcha”, que foi desenvolvida pela Escola de Administração da UFRGS, em parceria com a PUCRS, a Unisinos e a UCS. Com apoio da FAPERGS e do CNPq, o projeto saiu a campo para começar a desvendar a dinâmica da inovação na indústria gaúcha. A partir de dados, visitas técnicas e entrevistas em empresas, o levantamento apresenta o perfil da inovação na economia gaúcha.
Franco Pallamolla
Franco Pallamolla é Presidente da Lifemed e da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios). Fundada em 1978, a Lifemed inicia a fabricação da primeira válvula cardíaca artificial no Brasil. Em 1984, a empresa lança a primeira bomba de infusão brasileira. Com produtos inovadores, constante pesquisa em novas tecnologias, alianças estratégicas, participação ativa em fóruns técnicos, responsabilidade social e conquista de vários prêmios institucionais, a Lifemed tem se destacado, ano a ano, no cenário nacional de fabricantes de produtos hospitalares.
Diz Pallamolla: “É preciso abrir espaço para uma comunicação bastante ampla e eficiente com todos os envolvidos nos processos de inovação. Ou seja, precisamos ouvir as universidades, os empresários e também o governo. Muitas vezes encontramos dificuldade de diálogo ou, ainda, uma dificuldade em saber o que os centros de pesquisa estão fazendo, o que está sendo desenvolvido pelas universidades e o que as empresas precisam. Para que universidades e empresas se entendam no que diz respeito à inovação, há a necessidade de uma atuação forte e decisiva do governo sobre aspectos que fortaleçam o desenvolvimento e ofereçam oportunidades a ambos os lados.
Rony Sato
Rony Sato, desde 2010 é Gerente de Tecnologia e Inovação corporativa da BASF. É formado em Engenharia Química pela Universidade Mackenzie, SP, com mestrado em Biotecnologia pela USP, pós-graduação em Administração Industrial pela CEAI-Vanzolini e MBA em Conhecimento, Tecnologia e Inovação pela FIA-SP. Ingressou na BASF em 2001 como engenheiro de processos, atuando na área de Químicos para Indústria Têxtil. Posteriormente, na unidade de Proteção de Cultivos, atuou nas áreas de projetos, produção e Laboratório de Tecnologia e Processos.
A BASF é a empresa química líder mundial: The Chemical Company. Por meio da ciência e da inovação, desenvolve produtos e soluções que contribuem para a preservação dos recursos, assegurando nutrição saudável e melhoria da qualidade de vida. Seu portifólio de produtos oferece desde químicos, plásticos, produtos de performance e para proteção de cultivos, até petróleo e gás.
Cristiano Buss
Cristiano Buss é formado em Sistemas de Informação pela UPF e possui MBA pela FGV na área de gerenciamento de projetos. É Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa STARA.
A STARA é um empresa líder no ramo da agricultura de precisão que possui forte vocação tecnológica e um amplo portfólio de produtos inovadores voltados para o agronegócio e o aumento da produtividade no campo. Atua em todo o território nacional e está presente nos cinco continentes exportando para mais de 35 países.
André Blos
Contador, Graduado em Ciências Contábeis pela UFSM, mestrado em Engenharia de Produção pela UFSM, certificação em Gestão de Projetos pela FGV e Liderança pela Fundação Dom Cabral. Empresário por mais de 10 anos no ramo de alimentação. Atua como Coaching Executivo com formação em Personal & Professional Coaching e Executive Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching.
Há 11 anos atua como Executivo do Sebrae-RS sendo responsável pela estratégia, pessoal e execução de projetos de desenvolvimento regional, de fomento ao empreendedorismo e fortalecimento de setores estratégicos da economia de dezenas de municípios do estado do Rio Grande do Sul.
Pedro Termignoni
Graduado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Pedro Termignoni sempre demonstrou interesse no desenvolvimento de produtos e negócios. Ainda na Faculdade, fundou sua primeira empresa, uma rede de fast-food que foi posteriormente vendida. Trabalhou ainda como consultor em gestão no Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG – atual Falconi), onde desenvolveu a aplicação do método PDCA, e atuou como Trainee na BRF (Brasil Foods S.A.), onde desenvolveu diversos projetos na área internacional da companhia. Atualmente, Pedro é Líder de Finanças e Gestão no SUPLAYER.
O SUPERPLAYER é um serviço online de streaming de música sem interatividade baseado em nuvem. Possui aplicativos para plataformas IOS, Android e Windows Phone e em pouco mais de um ano de operação já possui mais de 600 mil usuários ativos mensais nas plataformas para web e smartphones.
Marcio Jappe
Marcio Jappe é formado em Administração pela UFSM e mestre em Administração com ênfase em Sustentabilidade pela UFRGS. Trabalhou no ABN AMRO na Holanda, na Microsoft na Espanha, foi diretor da Aceleradora de Negócios da Artemisia e consultor na McKinsey & Company. Também é ex-presidente da AIESEC do Brasil. Atua desde 2009 apoiando o desenvolvimento de negócios inovadores e de alto potencial, sendo um dos sócios da SEMENTE NEGÓCIOS.
A Semente Negócios desenvolve e executa programas inovadores de educação empreendedora, já tendo capacitado mais de 3 mil empreendedores de diversos perfis transformando ideias em negócios, ajudando-os desde a fase de ideação, conquista dos primeiros clientes, até atingir o crescimento, por meio de ferramentas de negócios práticas e fáceis de implementar.
Marçal P. da Rocha
Marçal P. da Rocha é Diretor da Químea Soluções Ambientais. É formado em Química Industrial (UFSM), Mestre em Engenharia de Produção/Gestão Ambiental (UFSM), MBA em Gestão Empresarial (FGV) e aluno de Doutorado em Administração de Empresas (UFSM). Também é Professor Executivo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no curso de Pós-graduação em Administração.
É consultor do SEBRAE em tecnologia e meio ambiente (Sebraetec), bem como consultor de Aprendizagem e de Projetos Setoriais: Metalmecânico, Comércio e Tecnologia da Informação.
Henry Suzuki
Henry Suzuki é Sócio Diretor da Axonal Consultoria Tecnológica, Principal Consultant da Innovalyst (US) eConsultor Colaborador da Avenium Consulting (FR). Também é Agente da Propriedade Industrial e especialista em bases de dados técnicas, patentárias e científicas. Graduado em Farmácia e Bioquímica pela USP e pós-graduado em administração de empresas pela ESPM. Também é Agente do Questel Orbit no Brasil e na América do Sul. É inventor e empreendedor.