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Mulheres Sustentáveis e Transformadoras: Claudia Herte e a ODS 4



Caroline Siqueira 

Docente do Departamento de Ciências da Comunicação da UFSM-FW, Cláudia Herte de Moraes é a protagonista da quarta composição da série “Mulheres Sustentáveis e Transformadoras”. Atuando como coordenadora do projeto Mão na Mídia: educomunicação e cidadania”, Herte conta a sua contribuição para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4, que visa a Educação de Qualidade.

Claudia Herte de Moraes

“Até 2030, assegurar a igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo universidade”

Artigo 3 do ODS 4.

Cláudia Herte é doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), jornalista e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Ela também fez uma Especialização em Gestão da Informação e da Comunicação Em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

“O programa de extensão Mão na Mídia surgiu da necessidade de somar esforços, junto às escolas públicas de Frederico Westphalen e região, para o uso da educomunicação  por meio de intervenções de tecnologias digitais de informação e comunicação”, diz a professora.

Buscando estimular o protagonismo jovem através de ações educacionais voltadas à utilização de recursos midiáticos no processo de aprendizagem (educomunicação), o projeto promove  oficinas de fotografia, mídias sonoras, audiovisuais e mídias digitais. Desde 2019, o Mão na Mídia atua em parceria com a Escola Estadual de Ensino Básico Sepé Tiaraju, do município de Frederico Westphalen, RS. 

Com o auxílio de alunos bolsistas e voluntários da UFSM, a iniciativa se baseia na educação dialógica, ou seja, todos os participantes do processo de aprendizagem, sejam eles alunos ou professores, possuem a mesma oportunidade de exporem suas ideias e ouvirem as dos outros envolvidos. Nessa dinâmica, os diálogos são igualitários e há a humanização de todos os presentes, enriquecendo a troca de conhecimento.

“Fazemos formações, cursos e oficinas junto à comunidade escolar, com foco no debate da cidadania e na construção de relações harmônicas com o ambiente, pois para construir a sustentabilidade, é preciso reconhecer o direito a um ambiente saudável”, realça Herte. 

Em 2020, o projeto desenvolveu dois bate-papos online com professores da escola Sepé Tiaraju sobre fotografia, audiovisual, mídias sonoras e mídias digitais; três artigos para a 35º Jornada Acadêmica Integrada da UFSM e também a série “Dica Amiga”, divulgada no Instagram do projeto, que lançou mini tutoriais sobre aplicativos que os participantes do projeto tinham dúvidas, em especial plataformas online utilizadas no ensino remoto, como Google Classroom e Moodle.

Numa ação conjunta, agora em março de 2021, o Mão na Mídia, a Agência Íntegra, o Departamento de Ciências da Comunicação, o projeto UMA e a UFSM realizaram uma aula virtual pelo clima, contando com a participação de Amanda Costa e Renata Padilha, duas jovens ativistas climáticas protagonistas de movimentos que lutam pela sustentabilidade.

Hoje, além do Instagram, o Mão na Mídia está presente no Facebook, YouTube e também no Spotify, com três episódios do quadro “EduCom”, que debatem assuntos importantes sobre a educomunicação e o programa “Eco Vozes”, podcast voltado ao ambientalismo desenvolvido em conjunto com a Agência Íntegra.  

Claudia Herte expõe que o Mão na Mídia traz a ideia de uma construção socioambiental engajada, com empoderamento dos jovens estudantes que estão mobilizados, cada vez mais, em prol de uma sociedade mais justa e equilibrada, sendo assim, ainda mais inclusiva e diversa.

Mais sobre a trajetória de Claudia no meio ambiental

Claudia Herte de Moraes iniciou sua jornada no meio ambiental antes de se tornar professora, na verdade, ela começou ainda como acadêmica de Comunicação Social. Durante a sua graduação, o Brasil, especificamente a cidade do Rio de Janeiro, foi palco da Eco 92, uma Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento, realizada no ano de 1992. 

“Eu já acompanhava muito o jornalismo como estudante e isso me chamou muita atenção, essa possibilidade do jornalismo também pautar essas coisas que eu considero mais importante para a manutenção da vida e da sustentabilidade”, afirma Hertes.

Depois de sua formação, em 1994, Herte atuou na área do jornalismo e sempre se aproximou dos campos ambientais e científicos. Ela trabalhou em uma universidade como assessora de imprensa de pesquisadores da área do meio ambiente e simpatizava com as pautas que aproximavam a comunidade dos conhecimentos trabalhados pelos profissionais. 

Ao concluir seu mestrado, Claudia Herte começou a dar aulas em 2004 na capital do Amapá, Macapá. Lá, ela começou a trabalhar especificamente com o jornalismo ambiental e teve uma vivência próxima com a região amazônica e sua população. Na mesma época, foi implantado um projeto de desenvolvimento sustentável no Amapá, impulsionado pelo governo estadual. Isso se tornou pauta e trabalho dentro da sala de aula e desenvolveu ainda mais o envolvimento da professora no movimento ambiental.

Após retornar ao sul, agora vinculada à UFSM,  Herte deu continuidade aos seus estudos sobre o meio ambiente na pesquisa, extensão e também no ensino, por meio da proposta sobre a mudança curricular dos cursos de comunicação, com a implantação da disciplina complementar Jornalismo Ambiental, em conjunto com o professor Reges Schwaab. 

Desde então, Claudia Herte acompanha as questões de comunicação e a relação da mídia com o  ativismo ambiental, sobre como as instituições trabalham as pautas frente às particularidades ecológicas. Além disso, a educomunicação, principal alicerce do Mão na Mídia, também é assunto frequente de suas pesquisas. Os pressupostos dessa forma de aprendizagem no quesito ambiental e de que forma a comunicação pode contribuir para que haja uma consciência sustentável necessária dentro das organizações. 

“Agora mais recentemente com a Agenda 2030, a gente também acompanha a questão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, diz Herte, mas pontua que esse acompanhamento é guiado com um olhar crítico: “A luta ambiental e climática é atravessada por outras perspectivas, não é uma coisa única. Muitas vezes quando a gente fala da ONU, da Agenda 2030, dos ODS’s, parece que estamos todos no mesmo barco, e pelo contrário. A gente sabe que quanto maior a vulnerabilidade socioeconômica da população, maiores serão os impactos causados pelas mudanças climáticas a ela”, finaliza a professora.

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