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Como os Projetos da UFSM colaboram a favor da ODS 13



Por Caroline Siqueira | Bolsista de Jornalismo 

Grupos do concurso de previsão do tempo promovido pelo GruMA (Grupo de Modelagem Atmosférica da Santa Maria) em 2017

É no dia 16 de março que se marca a data nacional de conscientização sobre mudanças climáticas. Essa pauta se tornou recorrente em conferências internacionais que reúnem dezenas de países, em prol do futuro do meio ambiente. A temperatura da Terra começou a aumentar de forma anormal a partir da segunda metade do século XVIII, com a ascensão das Revoluções Industriais, conseguinte do processo massivo de urbanização, derrubada de áreas verdes e grande utilização de combustíveis fósseis como fonte de energia. A intensa liberação de gás carbônico e outros gases de efeito estufa (GEE) derivados desses processos na atmosfera proporcionaram o ganho de temperatura no planeta, o que causa diversos impactos negativos, como:

  • Agravamento do Efeito Estufa: O Efeito Estufa é um fenômeno natural essencial para a sobrevivência humana e de outros animais. Ele corresponde a uma espécie de camada de gases (gás carbônico, metano, óxido nitroso e vapor d’água) que cobrem a superfície da Terra, que retém o calor do sol na troposfera, mantendo o planeta aquecido. No entanto, a produção de gases estufa em excesso promove a acentuação dessa ocorrência, o que aumenta em níveis desproporcionais a temperatura da Terra.
  • Derretimento das calotas polares: A região polar do planeta é atingida diretamente por esse agravamento da temperatura. As calotas polares, habitat natural de diversos animais, derretem e consequentemente, há uma perda de biodiversidade. Além disso, o nível do mar aumenta com esse derretimento, o que pode incidir na vida terrestre de diversas ilhas e cidades litorâneas com grande densidade demográfica.
  • Desequilíbrio ambiental: A vida no planeta, principalmente a selvagem, seguem as demandas das estações do ano. Muitas espécies se reproduzem no verão, migram no outono, hibernam no inverno. Porém, com a desestabilização da temperatura na Terra, pode haver uma confusão entre os ciclos, o que gera uma instabilidade entre as espécies, e muitas delas podem até serem ameaçadas de extinção. Os seres humanos também correm um grande risco com esse desequilíbrio ambiental, sendo vítimas de ocorrências naturais de grande poder destrutivo, como tempestades, ondas de calor intensas, tornados, furacões e tsunamis. A agricultura também é impactada por essas mudanças, agricultores podem perder safras inteiras em decorrência do clima.

Ambientalistas e líderes mundiais estão cientes da gravidade da situação e possuem compromissos firmados para a diminuição da emissão de gases estufa. O Acordo de Paris, por exemplo, aprovado em 2015, prevê a redução da emissão de CO2 por parte dos países envolvidos, incluindo o Brasil. Outras organizações como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e a ONU também procuram estabelecer medidas a fim de amenizarem as mudanças climáticas. Uma delas é a Agenda 2030, que engloba 17 objetivos, entre eles a ação contra a mudança global do clima (ODS 13), para que a Terra seja um planeta mais sustentável até 2030.

A Universidade Federal de Santa Maria, comprometida em atender as demandas da Agenda 2030, conta com Projetos de Extensão e de Pesquisa que colaboram para que o objetivo do clima seja cumprido. Logo abaixo, acompanhe os projetos e as metas que contemplam o ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima:

“13.b Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas”

  • Meteorologia e suas aplicações – Coordenado pela doutoranda em Meteorologia pela USP, Nathalie Tissot Boiaski, e professora do Departamento de Física, o projeto trabalha como um canal para prestação de consultoria técnico-científica especializada em Meteorologia para a Sociedade. Contando com dados, recursos computacionais, e humanos, o grupo de Meteorologia da UFSM faz o monitoramento e previsão de tempo e clima em todos os países do Cone Sul, sendo referência técnico-científica regional.
  • Captação da água da chuva ESF – A doutora em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rutineia Tassi, e o doutor em Engenharia Civil pela UFSM, André Lübeck, são os responsáveis pela coordenação do projeto Captação da água da chuva para a organização Engenheiros Sem Fronteiras – Núcleo Santa Maria. É uma iniciativa que visa exclusivamente o reaproveitamento da água da chuva para uso não potável e, potencialmente, uso potável.

“13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação global do clima, adaptação, redução de impacto, e alerta precoce à mudança do clima”

  • Ciência Cidadã: Como a participação da comunidade externa auxilia no entendimento de evolução e de mudanças climáticas – Cristian de Sales Dambro, pós-doutorando em Ciências Biológicas pela UFMT e pela UFG, coordena o projeto de extensão “Ciência Cidadã”. O trabalho tem o objetivo de ensinar conceitos básicos de organização de computadores e de linguagem de programação aos alunos do Ensino Médio da região de Santa Maria. Dentro desse processo, há o desenvolvimento de sensores de baixo custo para a pesquisa científica, para que haja uma investigação da relação das sociedades de insetos com sua resiliência a flutuações climáticas.
  • Meteorologia: Educação e e Responsabilidade Ambiental – Coordenado por Debora Regina Roberti, doutora em Física pela UFSM, este projeto visa despertar nos alunos de Ensino Básico e Médio da região a sensibilidade para perceberem-se como integrantes do meio ambiente. Tem no seu planejamento a apresentação dos fenômenos meteorológicos como base para o entendimento da responsabilidade ambiental.
  • Projeto Interpolar de formação de professores e oficinas pedagógicas sobre Antártica e Andes – A doutora e professora da área de Geografia Física, Ensino e Cartografia, Carine Petsch, é coordenadora deste projeto voltado à Educação Ambiental. Esta extensão será desenvolvida a partir da realização de formações de docentes, oficinas pedagógicas com alunos e professores e com a realização de eventos como a “Semana Polar” e o “Dia da Antártica”, criando um ambiente de discussão sobre a educação ambiental da Criosfera.

“13.2 Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais”

  • Análise da influência da Diluição do Combustível com os Produtos da Combustão Sobre o Aproveitamento da Energia – Nattan Roberto Caetano, pós-doutorando pela UFRGS e atual professor de Engenharia Aeroespacial da UFSM coordena o projeto sobre o Aproveitamento de Energia. O projeto busca estudar teórica e experimentalmente a influência da diluição do combustível com produtos da combustão sobre a radiação térmica emitida por chamas turbulentas não pré-misturadas. Este trabalho contribui tanto para o desenvolvimento científico, quanto no aprimoramento de ferramentas laboratoriais e de engenharia, destinado à processos de combustão industriais. E ainda desenvolve recursos humanos na área de energia para a região.

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