A Usina de Etanol do Colégio Politécnico da UFSM teve seu projeto aprovado em 2009, à época sendo coordenada pelo professor Cícero Nogueira. A usina serve de local para a realização de diferentes estudos dos cursos de graduação e pós do Colégio Politécnico. O combustível produzido também é utilizado pela frota de carros oficiais do Colégio.
O processo de produção do etanol (batelada) demora cerca de cinco horas. A produção desse combustível pode ser realizada a partir de diferentes fontes, com a cana-de-açúcar se destacando no cenário brasileiro. Entretanto, matérias-primas que contêm amido, como milho, batata-doce, mandioca, entre outras também podem ser utilizadas para a produção de etanol.
PARCERIA COM A RECEITA FEDERAL
Desde maio de 2010, a Usina de Etanol recebe bebidas destiladas apreendidas pela Receita Federal e as transforma em etanol combustível.
“Essa parceria com a Receita faz com que nós tenhamos matéria-prima para trabalhar o ano inteiro dentro da Usina”, diz Filipe Donato, responsável pelo setor de Energias Alternativas do Colégio Politécnico e atual coordenador da Usina. “Em 2018, foram aproximadamente 30.000 litros de bebidas apreendidas que a gente recebeu. Isso gera em torno de 6.000 litros de etanol, que a gente utiliza”.
Antes da existência da Usina, as bebidas apreendidas eram descartadas na estação de tratamento de esgoto da Corsan. Porém, com a Lei nº12.305/2010, mais conhecida como Lei dos Resíduos Sólidos — que impõe reciclagem e reutilização de resíduos quando possível—, essa prática teve que ser alterada.
Para Araquém Ferreira Brum, delegado da Receita Federal em Santa Maria, a parceria entre a UFSM e a RF é importante para não impactar o ambiente de forma danosa: “No passado, tínhamos dificuldade de dar um destino ambientalmente adequado para as bebidas que precisavam ser destruídas, pois nós necessitávamos do apoio da Corsan para descartar os líquidos em pequenos volumes para não afetar o meio ambiente.”
Matéria e fotos por Poliana Corrêa, bolsista de Jornalismo do projeto UMA – Universidade Meio Ambiente