Criado em 2003 por iniciativa da professora de Química Industrial da UFSM, Marta Tocchetto, o Grupo Incorpore trabalha através de diversos projetos e ações, a questão da preservação ambiental. A falta de zelo pelo espaço universitário foi o que motivou Marta a criar o grupo, que hoje atua tanto dentro como fora da instituição, em parceria com colaboradores. “É inadmissível que as pessoas não tenham preocupação ao ver uma luz acessa, de ver ar condicionado ligado o dia inteiro. Essas atitudes começaram a nos inquietar cada vez mais, então o objetivo do grupo é desenvolver ações de tal forma que as pessoas incorporem (e aí vem o nome do grupo) as questões ambientais no seu cotidiano”, afirma Marta.
O grupo conta com o apoio de vários órgãos estaduais. como a Emater e de espaços da comunidade santa-mariense, como a Apoio a Pessoas com Câncer (APECAN), para por em prática as idéias desenvolvidas pela professora e os alunos. Dentre os projetos, podemos destacar o projeto Relona, que consiste em reutilizar as lonas de banner na confecção de sacolas. “Vemos várias vezes, no final dos eventos que acontecem na UFSM, banners novos jogados fora e isso sempre me inquietou bastante. Não consigo conceber que os projetos e pesquisas não tenham uma preocupação com o começo-meio-e-fim das coisas. O processo é circular, tem que terminar onde começou, ou seja, pensando na possibilidade de reaproveitamento e eu vejo isso como uma questão de responsabilidade. Então comecei a coletar as lonas e testar com a máquina de costura e achei o resultado bem interessante.” O projeto conta com o apoio da APECAN (que disponibiliza as máquinas de costura e o espaço de produção) e de voluntários para a fabricação dos materiais. O projeto Relona rendeu ao grupo o prêmio de intra-empreendedorismo sustentável no primeiro semestre deste ano.A confecção do projeto acontece toda a quinta-feira, das 15:30 às 17 horas na APECAN.
Outro projeto notório é a Rede Bituca, criado em parceria com o Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH). O Papa Bituca, nome dado ao coletor de tocos de cigarro, deve ser implantado nos Centro de ensino da UFSM até o final do ano. Segundo Marta, “Esse coletor foi instalado no CCSH, constando de um trabalho informativo com os impactos que os tocos de cigarro podem causar. Não é um projeto anti-tabagista, é um projeto ambiental mesmo. Tu és responsável pela tua decisão e pelo descarte correto do resíduo que geras.”
O Incorpore é aberto a voluntários para desenvolverem suas práticas. A conscientização ambiental vai além do grupo, sendo necessário que todos trabalhem com a autocrítica e auto-conhecimento, aceitando as falhas para que possamos mudá-las. Faça a sua parte!
