O Setor de Planejamento Ambiental, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), pertencente a PROINFRA, está empenhado no processo de regularização de todos os poços artesianos que abastecem não apenas o Campus Sede, mas também os demais Campi da instituição. Atualmente, a maior parte do Campus Sede é abastecida por poços artesianos, com exceções para o Hospital Universitário (HUSM) e alguns prédios do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
Segundo Nicolli Reck, Engenheira Sanitarista e Ambiental e Coordenadora de Gestão Ambiental, a UFSM possui 25 poços, dos quais 18 estão ativos e sete necessitam de tamponamento. O tamponamento é exigido quando o poço está contaminado, seco ou apresenta problemas que impedem o consumo da água.
A outorga dos poços, que é a autorização para a utilização da água subterrânea, é concedida pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA), um órgão estadual. A FEPAM emitiu a licença ambiental para o Campus Sede, incluindo algumas condicionantes, dentre elas a regularização de todos os poços artesianos.
De acordo com a Marcela Bromberger Soquetta, chefe do Setor de Planejamento Ambiental, a UFSM contratou uma empresa especializada, por meio de licitação, para realizar a regularização de todos os poços da universidade, abrangendo não apenas o Campus Sede, mas também os campi em Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e São João de Polêsine. O processo envolve toda a parte burocrática, como a documentação no Sistema de Outorga de Água do Rio Grande do Sul (SIOUT-RS), testes de vazão e análises da qualidade da água.
Além disso, a empresa contratada está responsável pela infraestrutura física dos poços, incluindo cercamento, laje de concreto e a instalação de equipamentos como hidrômetros específicos e bombas automáticas dosadoras de cloro. Nicolli destaca que a UFSM já está em processo de regularização de quatro poços no Campus Sede, com todos os laudos indicando resultados positivos. Todas as análises realizadas, incluindo análises microbiológicas, físico-químicas e de agrotóxicos, demonstraram que a qualidade da água consumida na UFSM atende aos parâmetros estabelecidos pelas normativas ambientais.
Texto: Camila Londero, acadêmica de Jornalismo
Foto: Camila Londero