O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) é um dos pilares de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
A prova, aplicada aos formandos, é de caráter obrigatório para obtenção do diploma. Por meio de sua aplicação, é possível que o nível dos cursos de graduação do país seja avaliado, junto ao desenvolvimento de habilidades e competências do aluno que está prestes a ingressar o mercado de trabalho.
A cada ano, o Ministério da Educação define quais serão as áreas de ensino a serem avaliadas. Propostas pela Comissão de Avaliação da Educação Superior (Conaes), órgão colegiado de coordenação e supervisão do Sinaes, as áreas atendem a uma periodicidade máxima (trienal) de aplicação do Enade.
Neste ano, 26 cursos que conferem diploma em bacharelado e tecnólogo serão avaliados. Na UFSM, 21 cursos realizarão o exame no dia 22 de novembro.
Em 2015, o Enade está completando 11 anos, e desde seu início, passou por algumas modificações. Em 2013, foi estabelecido o tempo mínimo de permanência no local de prova para uma hora.
Em 2014, começou a se exigir o preenchimento do Questionário do Estudante, que colabora para a construção do perfil socioeconômico dos participantes.
Ainda no último ano, realizou-se a publicação do Manual do Estudante, que contém informações fundamentais para que os participantes possam acompanhar todas as etapas da avaliação e compreender a importância do Enade para o cenário da educação superior brasileira.
A prova tem duração de quatro horas e é dividida em três partes, abordando a formação geral (corresponde a 25% da nota), conhecimentos específicos (corresponde a 75% da nota) e percepção sobre a prova. A nota do curso (1 a 5) é a média ponderada da nota padronizada dos alunos na formação geral e no componente específico, sendo que 1 é o resultado mais baixo e 5 é o melhor resultado possível na área.
Motivação fez com que curso atingisse conceito 5
O vice-diretor do Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), Wanderlei Ghilardi, esteve na coordenação do curso de Ciências Contábeis quando este, pela primeira vez, atingiu o conceito 5. Ghilardi explica que isso se deve ao trabalho de motivação realizado com os alunos.
Por meio de reuniões, o professor procurou apresentar a importância do Enade e o compromisso do aluno de retorno para com a Instituição. “As provas do Enade não exigem mais do que o projeto pedagógico de cada curso. No entanto, apesar de ser um dever, o aluno precisa se sentir motivado a dar o seu máximo a fim de que se obtenha uma análise crítica do conhecimento”, reforça Ghilardi.
Texto: Tainara Liesenfeld, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias