Notícia do Diário de Santa Maria, quinta-feira, 16 de janeiro de 2020 – A UFSM, ingresso e seus impactos regionais.
“A UFSM tem por princípio cumprir, democraticamente as deliberações dos seus Conselhos Superiores. Foi assim, com a doação do Sistema de Seleção Unificado (SiSU), que está sob permanente observação, já que buscamos um modelo cada vez mais qualificado e justo, inclusive com a sistemática de chamadas orais, referência para outras instituições federais de Ensino Superior do Brasil.
Se a questão do ingresso de resumisse a números, teríamos algumas considerações:
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Até 2014, a UFSM movimentava em Santa Maria cerca de 12 mil estudantes para o vestibular. Atualmente, 15 mil estudantes fazem o Enem na cidade e a universidade movimenta 14 mil alunos em 10 dias de confirmação de vaga, sem considerar os familiares e acompanhantes;
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Durante a vigência do vestibular e suas variações (até 2015), tínhamos 20% dos ingressantes de fora do RS e 63% de fora de Santa Maria e seus campi. Atualmente, temos 13% de fora do RS e 53% de fora de Santa Maria. Discursos que sugerem que “perdemos” vagas para estudantes “de fora” subestimam a qualidade da nossa educação básica e a capacidade dos jovens da região;
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A UFSM já formou quase 180 mil profissionais ao longo dos seus 59 anos e recebem anualmente, 6 mil novos estudantes (contra os 3.309 em 2008). Assim, garante movimento econômico muito superior ao período dos vestibular;
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O SiSU, associado à política de ações afirmativas, tem se mostrado eficiente ao preenchimento de 97% das vagas da UFSM;
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Mais de 150 mil pessoas/ano participam de diversos eventos no campus sede da universidade;
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Anualmente, a UFSM coloca em circulação na economia local/regional quase R$ 2 bilhões, o que precisa ser considerado e tratado como estratégico e vital.
Ressaltamos que a relação acesso/permanência/conclusão é uma preocupação constante na UFSM. Por outro lado, fixar os egressos na região é um grande desafio também para a nossa instituição, que vem construindo parcerias com o saber político de com lideranças empresariais e políticas para atrair, fomentar e criar instituições e empresas/startups com potencial para desenvolver a economia, fixas talentos, gerar empregos e renda para a região.
Este desafio é uma missão para todos, sem preconceitos ideológicos e disputas por projetos individuais. A UFSM, do diálogo e da democracia, estará sempre disposta para atender responsavelmente às demandas que a sociedade lhe propõe”.
Descrição da imagem: Texto com a reportagem.