Publicado em: 06.02.17
Negros e pardos, quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e trans (transgêneros, transexuais e travestis) terão chance de entrar nos cursos de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) por meio do sistema de cotas.
A resolução, aprovada na última quarta-feira, é válida a partir do segundo semestre de 2017. A definição garante 30% das vagas de todos os cursos de pós-graduação stricto sensu para negros e pardos. As outras minorias sociais contarão com abertura de uma vaga extra a mais, em relação ao total ofertado nos cursos.
“Isso significa que, caso abram 10 vagas em um edital, três serão para negros e serão criadas uma 11ª para indígenas, 12ª para quilombolas, e assim por diante”, explicou o coordenador de ensino de pós-graduação, Ronaldo Lopes Oliveira.
Com a iniciativa, a Ufba se torna a primeira do país a incluir nas cotas cidadãos quilombolas e trans. “A expectativa é que a universidade possa refletir a sociedade na qual está inserida. Queremos que se torne um exemplo, um norte em que as pessoas possam se espelhar. Inclusão é essencial”, disse Oliveira.
Para a mestre em cultura e sociedade, ativista transfeminista, professora e pesquisadora no Grupo de Pesquisa em Cultura e Sexualidade da Universidade Federal da Bahia (CuS-Ufba), Viviane Vergueiro, a ação é um passo importante na luta do movimento trans.
Texto: Ana Cely Lopes
Fonte: Uol20Anos