O curso integra o Projeto de Extensão Audiodescrição: Traduzindo Imagens em Palavras, que visa ofertar formações continuadas nesse recurso de acessibilidade, nos níveis básico, intermediário e avançado. A equipe organizadora foi composta pelos seguintes integrantes da Comissão de Audiodescrição da UFSM: Cristian Evandro Sehnem, Cristina Strohschoen dos Santos, Fernanda Taschetto, Josefa Lidia Costa Pereira e Pricila Arrojo da Silva, além da estudante do curso de Física, Cíntia Pasa Lopes, no apoio técnico.
O conteúdo programático abordou os tipos de audiodescrição (para imagens estáticas e dinâmicas), as barreiras atitudinais, normas técnicas da ABNT, os profissionais Roteirista e Consultor em audiodescrição, modos de publicação acessível, o princípio inclusivo da audiodescrição e as principais leis brasileiras pertinentes, distribuídos em referenciais teóricos, exercícios práticos e trocas construtivas entre os participantes.
Foram aprovados 10 servidores, 11 estudantes e seis pessoas da comunidade, totalizando 27 cursistas. Desses, sete são servidores da UFSM (Departamento de Ciências da Comunicação, Agência de Notícias, Departamento de Arquivo Geral, UAP/Rede Integrare, Centro de Educação Física e Desportos e Hospital Universitário), além de uma servidora do Instituto Federal Farroupilha, uma do Centro Estadual de Educação Básica Conde D’Eu, de Rondinha-RS, e uma da Escola Estadual de Ensino Fundamental Aloysio Hofer, de Barra Funda-RS. Já os estudantes eram provenientes dos cursos de Gestão Educacional, Educação Especial, Mídias na Comunicação e Dança, da UFSM, além do Curso de Serviço Social da ULBRA. Em relação aos participantes oriundos da comunidade, o curso contou com a presença de uma educadora física (Academia Nova Estéticas), uma relações-públicas (Associação de Cegos e Deficientes Visuais – ACDV), uma jornalista, uma terapeuta ocupacional, uma pedagoga, além da mãe de uma estudante de Serviço Social da ULBRA, a qual acompanhou a filha, que possui deficiência visual.
Segundo Suélen Cristina Zanetti, 29 anos, professora na Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol, de Barra Funda-RS, e na Escola Estadual de Ensino Fundamental Aloysio Hofer, de Chapada – RS, “enquanto educadora especial e professora da Sala de Recursos Multifuncional, estar participando do curso de audiodescrição e acessibilidade tem sido uma realização profissional e pessoal. Aprendemos a utilizar a audiodescrição como ferramenta para facilitar a compreensão do mundo das pessoas que não vêem, transformando imagens em palavras”.
Já segundo Mariângela Scheffer Cardoso, 57 anos, servidora aposentada do Hospital Universitário da UFSM, Tecnóloga em Gestão Pública e Especialista em Gestão Pública, cineasta, diretora cinematográfica com registro na Ancine e coordenadora e idealizadora do Festival Internacional de Cinema Estudantil – CINEST, “acreditar na magia do cinema com acessibilidade me fez caminhar por novos caminhos com mais oportunidade e acessível a todos”.
Fotografia horizontal e colorida de 33 pessoas posando para a imagem no interior de uma sala de aula. São trinta mulheres e três homens, na faixa etária dos 18 aos 60 anos, com 25 delas em pé, seis sentadas (uma em cadeira de rodas) e duas agachadas. Todas vestem roupas de inverno e a maioria delas sorri. A sala tem paredes brancas, com três janelas à esquerda, dois condicionadores de ar ao fundo e diversas cadeiras, com mesas acopladas, à direita.