Há pouco mais de uma semana, os quase 21 mil alunos de graduação da UFSM adentraram às salas de aula. Dentre eles estão os calouros que ingressaram na Universidade por meio de um novo sistema, implantado este ano.
Seguindo uma tendência crescente nas instituições federais de ensino superior, a UFSM substituiu o Vestibular tradicional pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A mudança pode ser considerada positiva, se analisados os índices obtidos.
Para o primeiro semestre de 2016, a Instituição ofereceu, pelo Sisu, 2.221 vagas, distribuídas em 75 cursos, nos campi de Santa Maria, Palmeira das Missões, Frederico Westphalen e Cachoeira do Sul. Destas, 2.089 foram ocupadas por meio da chamada regular e das chamadas orais.
Este número mostra que apenas 5% das vagas ofertadas não foram preenchidas. “É um dado histórico”, relata o reitor da UFSM, Paulo Afonso Burmann.
Segundo ele, a Universidade nunca havia tido um índice tão alto de ocupação de vagas, e há projeções otimistas de que o ingresso no segundo semestre seja semelhante ao do primeiro.
“Estamos inseridos num sistema de seleção completamente diferente do modelo que tínhamos anteriormente, e que está mostrando resultados positivos. Bom para a Universidade, bom para a população”, ressalta o reitor.
Dados preliminares mostram, também, que 24% das vagas foram ocupadas por alunos de baixa renda, e outras 18%, por autodeclarados pretos ou pardos. Esses números se alinham aos de outras universidades do estado que já haviam adotado o Sisu como sistema de ingresso.
A exemplo dos anos anteriores, a maior parte dos novos acadêmicos vem de regiões próximas: 88% dos matriculados neste semestre são provenientes de municípios gaúchos, e destes, 44% são santa-marienses.
Para o reitor, este é o demonstrativo de que o Ensino Médio da região e do estado coloca seus egressos em condições de competir com os do restante do país.
O resultado também pode estar associado à vontade dos estudantes de permanecer perto de casa e à qualidade da Instituição.
Como complemento, os índices apresentam que apenas 65 dos matriculados são da Região Sul (excetuando-se o Rio Grande do Sul), e outros 165 vieram de outros estados do país. “Continuamos mantendo a característica de uma universidade pública, federal, com espectro nacional, mas com predominância regional”, afirma Burmann.
Em entrevista concedia à jornalista Anaqueli Rubin, da TV Campus, o reitor destacou o trabalho bem sucedido das equipes envolvidas nos processos seletivos de 2016.
Comentou, ainda, que estão previstas melhorias em alguns âmbitos para os próximos. Uma delas será a disposição de um espaço adequado à acolhida dos acompanhantes dos candidatos nas chamadas orais, e a oferta aos mesmos de um passeio pela Universidade.
Aos acadêmicos, Burmann reiterou os desejos de realização pessoal e sucesso no curso.
Confira a entrevista com reitor AQUI.
Fonte: www.ufsm.br – Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias