Quais são as histórias contadas pelo nome de um local? É com base nessa pergunta que o projeto de extensão “Toponímias da Quarta Colônia” investiga a origem de nomes de localidades do Território Imembuy. A iniciativa tem como objetivo promover a identificação cultural e o sentimento de vinculação de alunos do Ensino Fundamental com os territórios em que vivem. Neste ano, o foco das atividades foi em municípios de imigração italiana.
O projeto é coordenado pelo professor do Departamento de Geociências do Centro de Ciências Naturais e Exatas, Marcelo Cervo Chelotti. Segundo ele, a palavra topônimo faz referência à descrição e aos traços culturais do nome de determinado local. “Nos municípios da Quarta Colônia, a imigração italiana deixou diversas marcas culturais que são facilmente observáveis, uma vez que o saudosismo em relação aos territórios de origem fez com que os primeiros colonos dessem seus nomes a alguns locais daqui”, explica o docente.
Localidades da Quarta Colônia, como Val Veronês, Nova Treviso, Val Feltrina e Monte Grappa, por exemplo, fazem referência às províncias de Verona, Treviso e Belluno, localizadas na região de Veneto, na Itália. O mesmo ocorre com Nova Udine, Linha dos Mantuanos e São João do Polêsine. A explicação sobre essas origens e vinculações é o foco das ações de extensão desenvolvidas pelo projeto.
Em outubro, as oficinas sobre toponímias foram promovidas na Escola Estadual de Ensino Fundamental São Domingos Sávio, que fica na localidade de Santos Anjos, no município de Faxinal do Soturno. As ações tiveram a participação de cerca de 30 alunos, além de profissionais da escola. “A receptividade superou a expectativa em função da ligação dos alunos com esses lugares”, avaliou o professor Marcelo.
Ao comentar sobre a importância das ações de extensão, o docente da UFSM também recorda do papel formativo que os projetos oferecem aos estudantes da graduação: “Esse contato direto com a comunidade externa é de fundamental importância para nossa Universidade, em especial para os bolsistas, que podem exercitar uma prática dialogada, que muitas vezes não ocorre no cotidiano das aulas”.
Texto: Micael dos Santos Olegário, Subdivisão de Divulgação e Editoração da PRE.
Revisão: Catharina Viegas de Carvalho, Subdivisão de Divulgação e Editoração da PRE.