Maria Rita Py Dutra ingressou na Universidade Federal de Santa Maria no ano de 1969, no curso de Química, mas não chegou a concluí-lo. Nessa mesma época, Maria Rita casou-se e foi morar em Bom Jesus, onde começou a lecionar e trabalhar com alfabetização. Mais tarde, ao mudar-se para a cidade de Porto Alegre, ela ingressou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde cursou Pedagogia e Supervisão Escolar, onde se apaixonou pela área da educação, e após, especializou-se na área de Supervisão. Foi professora de ensino fundamental por trinta anos, e entrou no mundo da literatura infantil após seu neto sofrer com racismo na escola. Suas obras possuem grande enfoque em empoderar crianças negras, e são baseadas em histórias que ela presenciou e vivenciou ao longo de sua vida.
Uma grande ativista do movimento negro, Maria Rita foi uma das responsáveis pela implantação da política de cotas raciais na UFSM. Além disso, ela é coordenadora do GT Negros: discutindo relações étnico-raciais em Santa Maria/NECON, e está vinculada ao Núcleo de Estudos Sobre Memória e Educação – Povo de Clio, coordenado pelo Professor Doutor Jorge Luiz da Cunha, orientador da tese de doutorado de Maria Rita. No dia 13 de agosto de 2018, ela concluiu seu doutorado, sendo a primeira mulher negra a concluir doutorado em educação na UFSM. Sua tese de doutorado falava sobre a inserção de estudantes cotistas negros, egressos da UFSM, no mercado de trabalho.