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GT de Leitura Inclusiva

GT CENTRO/RS DE LEITURA INCLUSIVA

AÇÕES NA 45ª FEIRA DO LIVRO DE SANTA MARIA

Durante a 45ª Feira do Livro de Santa Maria, ocorrido entre 28 de abril e 13 de maio, o GT de leitura Inclusiva Centro-RS realizou quatro eventos em prol da inclusão comunicacional das pessoas com deficiência. São eles:

1º) Dia 30/4/2018, segunda-feira, 13:30 horas

Contação de Histórias em Braille

Oficina de contextualização do Braille

Local: Casa de Leitura

Responsáveis:

Coordenação da Educação especial (Secretaria de Município da Educação)

Prof. Daverlan Dalla Lanna

Prof. Arlete Vanessa Costa da Rosa

2º) Dia 2/5/2018, quarta-feira, 15:30 horas

Contação de Histórias em Libras

Oficina sobre a Língua Brasileira de Sinais

Local: Casa de Leitura

Responsáveis:

Escola de Surdos Reinaldo Coser

8ª CRE

Prof.s Jeferson Miranda e Maria Esther

3º) dia 8/5/2018, terça-feira, 13:30 horas

Conversa sobre Meus Livros

Roda de leitura inclusiva

Exposição de equipamentos e materiais acessíveis

Sensibilização sobre o uso da bengala-guia

Local: Casa de Leitura

Responsáveis:

Fundação Dorina Nowill

Associação de Cegos e Deficientes Visuais – ACDV

Núcleo de Acessibilidade/Departamento de Arquivo Geral/UFSM

4º) Dia 9/5/2018, quarta-feira, 17:00 horas

Lançamento de Coleção em Libras

Contação de histórias em Libras

Local: Estande de Lançamentos

Responsáveis:

Projeto Mãos Livres UFSM

Editora UFSM

Profª Melania Casarin

Escola de Surdos Reinaldo Coser

Esta proposta de calendário foi construída principalmente através de correio eletrônico (e-mails), sendo mais detalhada em uma reunião no dia 27 de março, terça-feira, a partir das 14:00 horas, na Associação de Cegos e Deficientes Visuais de Santa Maria (ACDV), situada à rua Manuel Ribas, Vila Belga. A única dificuldade encontrada nesta reunião foi a ausência de órgãos mais diretamente envolvidos e responsáveis pela feira do município (Secretaria de Cultura, Secretaria de Educação, Produtora Chili, 8ª Coordenadoria Regional de Educação, Biblioteca Pública Municipal), uma vez que, na mesma tarde e horário, estava agendada uma reunião da Comissão Organizadora da 45ª Feira do Livro (informação obtida somente na manhã do mesmo dia), que detinha informações e esclarecimentos mais precisos acerca do calendário geral, estrutura disponível, recursos humanos e modos de divulgação. Assim, os representantes presentes à reunião do GT Centro/RS (ACDV, Escola Municipal Sérgio Lopes, Núcleo de Acessibilidade UFSM e, via skype, Fundação Dorina Nowill), construíram e propuseram um calendário de ações a ser posteriormente adequado á programação oficial, dentre as quais detalhou atividades específicas para o dia 8 de maio, terça-feira, por estarem mais diretamente envolvidas. Aliás, decidiu-se por otimizar a organização destes eventos com a subdivisão de suas ações e responsabilidades (cada atividade para duplas ou trios de instituições distintas, sem sobrecarregar uma ou outra apenas), o que permitiu a realização de quatro atividades distintas.

A partir de então, as tratativas deram-se por correio eletrônico, otimizando o tempo e a objetividade dos encaminhamentos. A referência para o ajuste destas tratativas e planejamentos com a feira em geral, foi a Srª Rose Carneiro, da Chili Produções, responsável pelo calendário e estrutura física da feira, respondendo às datas e locais sugeridos. A ação do dia 30/4 foi confirmada para o dia e horário propostos; já do dia 2/5 passou para as 15:30 horas (a proposta inicial era 13:30 horas); do dia 8/5 havia disponibilidade apenas para o dia 7/5 na Casa de Leitura; e de 9/5, por ser o Estande de Lançamentos da Editora UFSM, foi cofirmado para as 17 horas.

Cabe salientar-se que, para a vinda até Santa Maria de uma articuladora da Fundação Dorina Nowill para Cegos, a Srª Angelita Garcia, organizou-se uma atividade em Porto Alegre, onde há o GT do Rio Grande do Sul, em data próxima ao dia da ação na 45ª Feira do Livro de Santa Maria. Assim, as passagens aéreas de São Paulo até Porto Alegre estavam previstas e foram custeadas pelo projeto da Rede Nacional de leitura Inclusiva, mas não até Santa Maria (em 2013, na construção do projeto da Rede nacional de Leitura Inclusiva, previu-se um GT por Estado Brasileiro). Então, buscou-se apoio para esta logística, conseguida junto á Pró-Reitoria de Extensão da UFSM.

Em simultâneo, outro ajuste necessário foi a data e o local dessa ação, que precisaria acontecer, preferencialmente, no dia 9/5 ou, alternativamente, em 8/5 (a data possível para Porto Alegre foi 10/5). Porém, a Casa de Leitura já estava ocupada nas duas datas, sendo então buscados e contatados os promotores das ações nestes dias, para negociação. Um destes foi o Curso de Produção Editorial da UFSM, através da profª Marília Barcellos, parceira do GT Centro/RS, que mediou e obteve a disponibilização da Casa de leitura na tarde do dia 8/5, terça-feira.

No dia 30/4 também houve uma dificuldade, vencida pela Coordenação de Educação Especial da SMED, pelo fato do Ônibus da Leitura estar em conserto. A ação, com isso, passou à Casa de leitura da Feira do Livro, com a participação de dois professores com deficiência visual/cegueira que atuam na Rede Municipal de Educação e realizaram contações de histórias em Braille e uma oficina sobre esta linguagem acessível.

Sobre a acessibilidade, aliás, houve a preocupação e o pedido de que os espaços da feira permitissem o “ir e vir” de todos. A Srª Rose Carneiro, da Chili Produções, respondeu positivamente à demanda, sendo encontradas, contudo, dificuldades neste sentido ao chegar-se à feira. Dentre as dificuldades, um degrau na entrada da Casa de Leitura, um corredor estreito para chegar até ela e o som alto de um palco próximo (onde aconteciam peças teatrais, contações de histórias e outras interações com o público), que dificultava a fala e audição durante as atividades na Casa de Leitura (no local não havia equipamentos de som). E, ainda, a troca inesperada do início das atividades, para as 14:00 horas, quando a previsão acordada e enviada foi 13:30 horas.

Mesmo assim, todos os quatro eventos foram muito bem-sucedidos, com amplo público e repercussão na feira e município. Do público, destaque a maior presença e participação de pessoas com deficiência, tanto da comunidade em geral quanto de profissionais, com destaque à atuação da Escola de Surdos Reinaldo Coser e à Associação de Cegos e Deficientes Visuais de Santa Maria. Nesse sentido, a proximidade destas pessoas com estudantes das escolas locais, que também se fizeram presentes e assim quebraram eventuais dúvidas e distâncias que na fase adulta costumam gerar a exclusão social. Aliás, sem demérito a qualquer outra ação realizada na feira, tem-se percebido que inovações são necessárias nestes tipos de eventos em especial, para que não se faça sempre o mais do mesmo, e assim continue cativando e mesmo ampliando a participação da comunidade nos e pelos espaços culturais; sendo as temáticas da acessibilidade comunicacional como o Sistema Braille, a Língua Brasileira de Sinais, os Livros-Falados e Audiolivros, as Contações de Histórias em Libras ou Braille, os Caracteres Ampliados, as Coleções em Libras, os Desenhos em Relevo e Contraste de Cores, as Audiodescrições e tantas outras formas de ler, falar, escrever, interagir, aprender e assim por diante, muito atraentes e significantes reais dessa evolução e desenvolvimento humanos. Esta foi a 2ª edição do GT Centro/RS de Leitura Inclusiva na Feira do Livro de Santa Maria e acredita-se estar consolidada a inserção e realização de ações com o viés da leitura inclusiva neste espaço cultural do município. E, embora já tenha-se conseguido repetir ações em prol dos públicos com deficiência visual ou deficiência auditiva/surdez, há ainda outros públicos a serem alcançados com estas ações, como as pessoas surdocegas, com paralisia cerebral ou autismo por exemplo, que pode-se quem sabe definir como meta para 2019, na 46ª Feira do livro de Santa Maria, sem deixar-se de atender as especificidades individuais e as tecnologias assistivas para a maior autonomia e independência de todos.

 Santa Maria, 17 de Maio de 2018.