No último domingo, 25, o campus da Universidade Federal de Santa Maria se pintou com as cores da diversidade no Viva o Campus do Orgulho. O evento, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão UFSM, por meio da Coordenadoria de Cultura e Arte e da Casa Verônica, com apoio do PET Educação Física, contou com a participação de milhares de pessoas para celebrar o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+.
O evento contou com o show da banda de pagode feminina O Jeito Delas, que trouxe ao público clássicos da música brasileira em uma tarde ensolarada no Largo do Planetário. Os visitantes também puderam conhecer um pouco mais da cultura do norte do país com a apresentação do Projeto de Extensão: Mojuba – Danças populares brasileiras, vinculado ao curso de Dança – Licenciatura, que apresentou a coreografia Rebolando carimbó.
O Viva o Campus ofereceu, ainda, atividades para que o público desafiasse os seus conhecimentos sobre a comunidade LGBTQIAPN+ com um jogo de Stop Temático, realizado pela Biblioteca Central. A proposta buscou incentivar o conhecimento, a inclusão e o respeito da comunidade por meio de atividades lúdicas.
No Museu Arte, Ciência, Tecnologia (MACT), localizado no mezanino do Planetário, os visitantes puderam conhecer a exposição “Narrativas de Campo Escuro”, das artistas Laura Cattani e Munir Klamt. Também foram realizadas sessões na cúpula do Planetário e a exposição da Mostra de Ciências Morfológicas.
Para quem buscou sair do sedentarismo e participar de atividades físicas, o PET Educação Física promoveu oficinas esportivas de chute ao alvo e de vôlei adaptado. O programa destacou a presença da comunidade LGBTQIAPN+ em diferentes locais da universidade. O Viva o Campus do Orgulho também contou com a participação da Polifeira do Agricultor.
Feira de artesanato buscou dar visibilidade às produções LGBTQIAPN+
A edição especial do Viva o Campus do Orgulho também foi um espaço para que pessoas LGBTQIAPN+ pudessem apresentar seus trabalhos autorais, visibilizando suas produções artísticas e expressões culturais. Ao todo, 15 expositores participaram desta primeira edição da Feira da Casa Verônica UFSM. A seleção dos participantes foi realizada por meio de um edital divulgado pela Casa Verônica, no qual estudantes e servidores da instituição puderam submeter os seus trabalhos.
Para o artista visual e ilustrador Bernardo, a ocupação desse espaço foi muito importante para dar visibilidade aos trabalhos de artistas LGBTQIAPN+. “Além da visibilidade, tivemos a oportunidade de ter uma geração de renda, o que é extremamente importante, já que garante a valorização do nosso trabalho, auxiliando na nossa existência e resistência”, ressalta o expositor.
“O resultado foi incrível e melhor do que eu esperava. Achei incrível o respeito e consideração que as pessoas tiveram com o meu trabalho e com a proposta em si, e não sei se a experiência teria sido igual não fosse o ambiente tão inclusivo e respeitoso que se criou no Viva o Campus do Orgulho”, ressalta a artista Giulia. Com a exposição “Nomear-te”, a expositora trouxe ao público uma proposta interativa, incentivando as pessoas a escreverem nas fotos alguma palavra, sentimento, lembrança ou outras reações despertadas pelas imagens.
Texto: Wellington Hack, jornalista Casa Verônica UFSM
Fotos: Fernanda Redin Oliveira, bolsista de Comunicação Casa Verônica UFSM