Coordenado pelo professor Anderson Luiz Machado dos Santos, essa edição do projeto voltou-se para as territorialidades da negritude em Santa Maria. Se foi refletido pelo responsável e pelo bolsista selecionado sobre as manifestações destas territorialidades na cidade, compreendendo sua multiplicidade de expressões territoriais, que vão das comunidades de terreiros de religiões de matriz africana às expressões de arte-cultura negra (a exemplo do Hip-Hop e o Samba); ao afro-empreendedorismo e as organizações do movimento social negro.

A partir das discussões, foram decididos eixos temáticos para a realização de oficinas pedagógicas virtuais, as quais voltaram-se para o público alvo de educadores(a)s (de diferentes níveis de ensino), ativistas e jovens negro(a)s (principalmente estudantes), aos quais se somaram outro(a)s interessado(a)s nas discussões do projeto, com destaque para a presença de técnico(a)-administrativo(a)s em educação, estudantes e professores da própria instituição, tanto negro(a)s, quanto não-negro(a)s.

Entre os meses de julho a dezembro de 2021, realizaram-se duas atividades de apresentação e discussão do projeto junto à comunidade (uma virtual e outra presencial) e três oficinas pedagógicas virtuais, onde foram impactadas cerca de 45 pessoas.

Dentre os resultados alcançados, destacam-se a partilha e diálogo de saberes, criando interfaces entre o saber acadêmico com as
experiências e saberes populares da população negra; o resgate de trajetórias, memórias e práticas espaciais/territoriais; a visibilidade e positivação de ações desenvolvidas por sujeitos negro(a)s, a partir de suas expressividades territoriais em Santa Maria; a inserção nos processos de discussão e implementação das políticas de ação afirmativa, voltadas à população negra de Santa Maria; entre outros.