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Projeto Avenir aproxima Metaverso da comunidade por meio da extensão

A partir de cursos, palestras e atividades, o projeto Avenir inova com tecnologia e interdisciplinaridade.



Logo do projeto, que está em execução desde 2022.

Com a chegada do Metaverso, a vida digital de toda a população pode estar prestes a viver uma revolução. Com isso em mente, o projeto de extensão “Avenir: Preparando a Sociedade para a Consolidação do Metaverso” é responsável por uma tarefa desafiadora e inédita no âmbito da universidade: prestar serviços que aproximem o Metaverso da comunidade e prepará-la para sua chegada. Com onze membros, sediada no campus de Frederico Westphalen e coordenada pelo professor Prof. Dr. Ricardo Tombesi Macedo, a iniciativa organiza ações que desmistificam a tecnologia.

O metaverso é, para Macedo, uma tecnologia imersiva, confundível com a realidade, onde há a representação das instituições e figuras do mundo real, o que constitui uma pseudo realidade detalhada. O professor destaca um ponto central: o Metaverso ainda está em pleno desenvolvimento, com uma gama de possibilidades à frente, ou seja, de certa forma ainda é um projeto em construção. Para lidar com tantas possibilidades, o Avenir une estudantes de diversas áreas a partir de uma abordagem intencionalmente interdisciplinar.

Apesar de abordar temas de tecnologia considerada avançada e aparentemente distante, o Avenir se mostra modesto e prova que a chegada do Metaverso está bem próxima. Para isso, atua junto dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), que funcionam como suportes de ensino digitais. Provavelmente, o AVA mais conhecido pela comunidade da UFSM seja o Moodle – plataforma no ar há mais de dez anos e que foi essencial para a manutenção das atividades educacionais durante a pandemia.

Segundo Ricardo, o Avenir trata o Metaverso como uma tecnologia ainda bastante teórica e com oportunidades de desenvolvimento – o que não impede ações práticas. O diferencial do projeto é justamente a sua abordagem, que parte de uma estratégia gamificada, tornando a experiência de uso semelhante a um jogo. Uma das realizações que o projeto mais se orgulha é a parceria com a Secretaria de Educação da Prefeitura de Ijuí, que capacitou professores da rede municipal voltada à utilização de novas tecnologias em sala de aula. Nela, o Metaverso foi assunto central.

Coordenador do projeto, Prof. Ricardo Tombesi Macedo, durante experimentação com realidade aumentada.

Além das parcerias educacionais, o projeto também atua diretamente no desenvolvimento de tecnologias. Em 2022, o Avenir esteve presente no Senac Experience, evento semelhante a uma feira de tecnologia que ocorreu na capital gaúcha. Na ocasião, apresentaram cases de divulgação de seus produtos, incluindo um software exclusivo para o Senac e proporcionaram que alunos e professores presentes provassem um gostinho do Metaverso por meio de uma experiência lúdica. Ao todo, mais de quatro mil pessoas compareceram ao evento.

O desafio central do projeto é, entretanto, a adoção massiva ao Metaverso, que até este momento não se consolidou. Ricardo cita os altos custos dos dispositivos que permitem o acesso pleno à tecnologia e à cinetose – tontura experienciada por pessoas que utilizam tecnologias de realidade aumentada. Apesar disso, ele garante que, na cidade natal do projeto, Frederico Westphalen, a população é acolhedora à proposta do projeto e está disposta a experimentar e conhecê-la, inclusive sendo responsável pelo financiamento das bolsas de extensão.

Perspectivas para 2024

Chegando ao seu segundo ano de atividade em 2024, o projeto prevê um período de grandes ações, inovações e desenvolvimento. A principal é o Game RS, programa estadual baseado em games que visa estimular a economia regional, com foco no apoio à competitividade e à inovação internacional da indústria gaúcha. Até o presente momento não foram definidos os detalhes do projeto que será desenvolvido, mas a seleção para participar da iniciativa é motivo de comemoração.

O projeto também executa ações de pesquisa acerca do Metaverso, a principal sendo as ligadas ao PPGTER (Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede). Lecionando no programa, o objetivo do Prof. Ricardo Tombesi Macedo é desenvolver narrativas no Metaverso e criar tecnologias e/ou softwares que o ajudem a se popularizar entre a população geral. Para estudantes de graduação, a equipe sempre está aberta a novos membros, sejam eles de quaisquer cursos e campus da UFSM.

Para acompanhar as atividades do Avenir de perto, os interessados podem seguir o projeto no Instagram.


Texto: Pedro Souza, da Subdivisão de Divulgação e Eventos da PRE

Revisão: Camila Steinhorst, da Subdivisão de Divulgação e Eventos da PRE

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