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Além de álcool gel, universidades do FORPROEX Sul produzem máscaras faciais em 3D para proteção contra a Covid-19



Após contribuírem na produção de álcool gel, instituições que integram a Regional Sul do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (FORPROEX) colaboram no combate à Covid-19 com a fabricação de máscaras protetoras faciais a partir de impressoras 3D. Os materiais, também chamados de faceshields, fazem parte dos equipamentos de proteção individual (EPIs) de profissionais da saúde que trabalham no atendimento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. Para a produção, as iniciativas dependem de doações de insumos — como folhas de acetato —  e da colaboração de entidades que possuem máquinas impressoras tridimensionais.

 

Bases das máscaras protetoras produzidas pela equipe da UFSM/Foto: Flávio Pretto

Pelo menos onze instituições da Regional Sul do FORPROEX, que integra universidades e instituições de ensino superior da região sul do Brasil, deram início à atividade: cinco do Rio Grande do Sul (UFSM, FURG, UFRGS, UFPEL e IFRS), três do Paraná (UTFPR , UEPG e IFPR) e três de Santa Catarina (UFSC, IFC e IFSC).

Na UFSM, no Rio Grande do Sul, uma frente — coordenada pelo professor Lucas Vizzoto Bellinaso — reúne diversas entidades e diversos voluntários interessados em contribuir com a produção dos protetores faciais. A equipe envolve participantes do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (CAPPA), profissionais do Centro de Tecnologia (CT), laboratórios da UFSM e da Universidade Franciscana (UFN), assim como empresas das Incubadoras e do Parque Tecnológico, com apoio do HUSM, do Lauduz Covid-19, da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (ADESM) e da Polícia Civil. Atualmente, o grupo tem capacidade de produzir cerca de 40 protetores faciais por dia, que serão destinados não só ao Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), como também a outros hospitais e a forças de segurança da cidade. Junto ao Colégio Evangélico de Panambi, a frente elabora um molde para injeção de plástico da base dos protetores faciais. Caso alcancem o resultado esperado, na próxima semana, cerca de 2000 protetores faciais serão produzidos diariamente. Dessa forma, as impressões 3D serão direcionadas para a produção de outros itens indisponíveis no mercado.

Protótipo de protetor facial desenvolvido pela IFRS Erechim/Foto: Divulgação IFRSNos campi da IFRS nas cidades de Erechim e Bento Gonçalves, formaram-se equipes de força-tarefa para produção dos protetores destinados a profissionais da saúde. Os grupos de voluntários são formados por servidores da instituição, empresas e comunidade em geral. A estimativa é produzir entre 500 e 800 equipamentos, que serão doados para hospitais de Erechim e de cidades da Serra Gaúcha. Os primeiros protetores produzidos foram distribuídos ao Hospital Tachinni — em Bento Gonçalves — e ao Hospital Santa Terezinha — em Erechim. Pessoas, instituições e empresas interessadas em auxiliar no processo de produção das máscaras podem fazer contato pelos telefones (54) 99206-9659, para a iniciativa de Erechim, e (54) 99628-6862, para a força-tarefa de Bento Gonçalves.

Em Rio Grande, um grupo composto de professores, estudantes, técnicos, voluntários e egressos da FURG iniciou a produção dos protetores faciais nesta semana. Os voluntários compõem o ITecCorona, um comitê da universidade voltado a pensar soluções em tecnologia e automação para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Os protótipos foram entregues, na última terça-feira (24), para avaliação dos profissionais do Hospital Universitário Miguel Riet Corrêa Jr. (HU-FURG). Com o objetivo de aumentar a produção, o projeto criou um espaço online para arrecadar dinheiro e reverter a verba angariada em insumos para a confecção de mais protetores. Para mais informações, acesse o link: https://bit.ly/2WN51Rr.

A UFPEL, em Pelotas, começou a produzir, a partir dessa semana, máscaras de proteção facial para profissionais da área de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo os envolvidos na produção, a capacidade do projeto é de produzir 30 máscaras por dia. De acordo com o professor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDTec), Guilherme Netto, a produção total irá depender do estoque de insumos de cada voluntário. O projeto começou com a contribuição dos professores do CDTec, mas passou a receber a contribuição de pesquisadores de outras unidades da UFPEL.

Em Porto Alegre, laboratórios da UFRGS também começaram a fabricação dos protetores faceshield nessa semana. O trabalho é realizado de forma voluntária por docentes, técnicos e bolsistas nas impressoras 3D de vários laboratórios de pesquisa da instituição. Inicialmente, os protetores serão doados a hospitais de Porto Alegre, através de encaminhamento do Pacto Alegre, movimento que, resultado da articulação de entidades da capital gaúcha, é responsável pelo cadastramento prévio de estabelecimentos de saúde. Por conta da crescente demanda, os voluntários solicitam empréstimo de impressoras 3D e doação de materiais para ampliar a produção das máscaras. Mais informações sobre as doações podem ser consultadas no link: bit.ly/brothersarms.

Máquina utilizada na impressão 3D das máscaras da FURG/Foto:Divulgação FURG

Em Ponta Grossa, no Paraná, um grupo de voluntários se uniu para produzir protetores faciais para os profissionais da saúde do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG). A equipe envolve professores e alunos de mestrado e doutorado da UEPG, da UTFPR de Francisco Beltrão e de Ponta Grossa, assim como pessoas que possuem impressoras 3D em casa. A expectativa é de produzir cerca de 300 máscaras. Já em Pato Branco, professores da UTFPR somam suas forças à prefeitura municipal, a empresas e a pessoas que possuem impressoras 3D na tarefa de produzir máscaras para uso no sistema de saúde da cidade.

Outra instituição paranaense que desenvolve a confecção de máscaras de proteção é a IFRP. No campus da cidade de Colombo, por meio de impressões tridimensionais, voluntários contribuem na fabricação de EPIs, com destaque para as máscaras protetoras, voltadas à prevenção de contaminação, principalmente dos profissionais da saúde.

Em Santa Catarina, uma equipe de docentes da UFSC e do IFSC também somam forças para confeccionar protetores faciais. As instituições cooperam na ação que desenvolve máscaras a partir de impressoras digitais 3D. Os produtos, fabricados no Laboratório de Prototipagem do IFSC, que são destinados apenas ao uso de profissionais que trabalham no atendimento de casos do novo coronavírus, serão distribuídos no Hospital Universitário (HU) da UFSC, em Florianópolis.

No campus Luzerna do IFC, uma equipe de servidores, em parceria com os outros campi, iniciou a produção de protetores faciais, com o objetivo de aumentar a produção. Em Rio do Sul, no IFC da cidade, um grupo de voluntários, em parceria com a Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS) — que organizou as doações de matéria-prima —, fabricou cerca de 150 suportes de máscaras EPIs. Os suportes foram distribuídos ao Hospital Regional do Alto do Vale do Itajaí. Quem se interessa em contribuir com as ações do IFC deve entrar em contato com os campi em Luzerna (cecom.luzerna@ifc.edu.br) e em Blumenau (cecom.blumenau@ifc.edu.br).

O FORPROEX reúne, anualmente, pró-reitores, diretores e coordenadores de Extensão de todas as instituições de ensino superior do Brasil, em conferências e mesas de debate abertas ao público. O FORPROEX Sul congrega as instituições de ensino superior (federais, estaduais e municipais) dos três estados da Região Sul: Paraná, com sete instituições estaduais (UEL, UEM, UNESPAR, UEPG, UNICENTRO, UENP, UNIOESTE), três federais (UFPR, UTFPR e UNILA) e um IF (IFPR); Santa Catarina, com uma estadual (UDESC), dois IF (IFSC e IFC), uma municipal (FURB) e duas federais (UFSC e UFFS); e Rio Grande do Sul, com uma estadual (UERGS), três IFs (IFFar, IFSul, IFRs) e seis federais (UFSM, UFRGS, UFPEL, FURG, UFCSPA, UNIPAMPA).

A gestão 2019-2020 da Regional Sul do FORPROEX tem como coordenador Flavi Ferreira Lisbôa Filho, atual Pró-Reitor de Extensão da UFSM, e como vice coordenadora Simone Castanho, atual Pró-Reitora de Extensão e Cultura da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).

 

Redação: Rubens Guilherme Santos/Pró-Reitoria de Extensão UFSM

Revisão: Erica Medeiros/Pró-Reitoria de Extensão UFSM

Edição: Aline Saldanha/Pró-Reitoria de Extensão UFSM

Fotos: Créditos nas imagens.

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