Uma equipe de voluntários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Campus Palmeira das Missões, promoveu uma ação solidária com crianças e famílias atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A iniciativa teve como objetivo levar doces e brinquedos para crianças de uma área de reassentamento em Encantado, município do Vale do Taquari. As entregas foram realizadas no último sábado, 14 de dezembro, com apoio de ex-alunos, professores de escolas de Palmeira das Missões e empresários locais.
A ação contou com uma programação diversificada, composta por atividades dinâmicas, contação de histórias e um momento de confraternização, com oferta de bolos e sanduíches, parcialmente preparados por docentes e discentes nos laboratórios do curso de Nutrição. A mobilização, realizada às vésperas do Natal, integra a lista de ações de extensão feitas no contexto da chamada humanitária “Reconstrução RS”, idealizada para apoiar as comunidades afetadas pelas chuvas e enchentes.
Ao todo, foram produzidas 612 fatias de bolo pelos alunos, professores e servidores da UFSM-PM. Além disso, foram arrecadados cerca 200 brinquedos e montados 450 kits com doces e salgadinhos. As ações foram coordenadas por Maritiele Naissinger, professora do Departamento de Nutrição, e por Adriano Lago, professor do Departamento de Administração. A produção de bolos foi liderada por Patricia Mazzonetto Spanevello, discente de Nutrição, e as entregas por Menigui Dalcin, discente do mestrado em Agronegócios.
Ezequiel Moura, um dos empresários que colaborou com a ação, conta que, desde maio, tem participado de caravanas para levar donativos a municípios atingidos pelas enchentes. Em uma dessas viagens, ele notou o número expressivo de crianças e, em diálogo com o professor Adriano Lago, começou a organizar as ações voltadas para esse público. “Foi muito gratificante levar um pouco de alegria para aquelas crianças e adolescentes”.
Ao comentar sobre a iniciativa, Adriano Lago pontua que os principais atingidos pelo desastre socioambiental foram grupos que já viviam em situação de vulnerabilidade, o que revela uma das dimensões do racismo ambiental em eventos extremos. “A tragédia do mês de maio só mudou de fase e local, mas ainda se encontra lá (em Encantado)”. Segundo ele, o fato dessas famílias estarem agora reunidas gera desafios em termos de infraestrutura, mas, por outro lado, facilita a realização de ações solidárias, educativas e formativas.
Texto: Micael dos Santos Olegário, Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/UFSM).
Revisão: Valéria Luzardo, Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/UFSM).