Relativo à programação da 39° edição da Jornada Acadêmica Integrada (JAI), a UFSM promoveu uma mesa redonda para discutir sobre parentalidade e vida acadêmica. No evento, estiveram presentes a professora da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Pâmela Billig Mello-Carpes, e a mestranda em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Vanessa Suany. O objetivo do debate foi conversar sobre formas de possibilitar um ambiente mais acolhedor e sensível para as mães da Universidade, evitando que elas vislumbrem a evasão escolar. Ambas destacaram a importância da Universidade ser um local de rede de apoio para as mães e seus filhos.
Foram apresentados dados comparativos sobre os índices de produtividade de homens e mulheres antes e depois de terem filhos. Essas informações são produzidas pela organização Parent In Science, cuja uma das organizadoras é a professora Pâmela Billig. Com isso, foi possível determinar que mulheres sofrem mais preconceito e exclusão quando decidem ter filhos, algo que não acontece com os homens, que alcançam, inclusive, um aumento nas produções acadêmicas.
Vanessa Suany é presidente da Associação de Mães Pesquisadoras Estudantes e Trabalhadoras (AMPET), participa de um Grupo de Trabalho ainda em desenvolvimento pelo Ministério da Educação e tem como um de seus objetivos de vida viabilizar a maternidade docente, com foco em recorte de raça.
Algumas medidas sugeridas pelas palestrantes para abrandar os impactos trabalhistas na vida das mães foram: ampliação no tempo de avaliação de currículos, bolsas específicas para projetos liderados por mães, creches, salas de amamentação, trocadores em banheiros, etc.
Campanha de apoio para mães universitárias
Também ocorreu o lançamento da campanha “Maternidade plena: entre colo e livros, uma jornada em equilíbrio”, idealizada pela Unidade de Comunicação Integrada (UNICOM) da UFSM. A ideia visa unificar as diretrizes sobre maternidade da Universidade, de modo a facilitar o acesso das mulheres aos seus direitos.
Para a Pró-Reitora adjunta de extensão, Jaciele Sell, essa é uma oportunidade de tirar as mães da invisibilidade: “Nós temos uma proposta de montar um espaço família para acolher mães, pais e crianças em momentos necessários, além de duas pracinhas para os pequenos”.
O seminário contou com a presença de servidoras, alunas e docentes da UFSM que desejavam compreender como podem ter seus direitos garantidos enquanto mães e gestoras em uma instituição pública.
Texto: Myreya Antunes, bolsista de jornalismo da Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/ UFSM).
Revisão: Catharina Viegas de Carvalho, Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/UFSM).
Imagens: Saéli Laureano/ Casa Verônica.