Transformar realidades e cultivar talentos é o lema da Associação Orquestrando Arte, Programa de Extensão vinculado à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O projeto beneficente, sem fins lucrativos, tem como objetivo promover assistência social, educacional e cultural à comunidade santa-mariense, por meio de oficinas de canto coral, música/música orquestral, dança, teatro, formação humana e apoio pedagógico. Reforçando o elo entre a UFSM e a sociedade, as atividades acontecem no centro de Santa Maria (RS), no Espaço de Ações Comunitárias e Empreendedoras (Antiga Reitoria).
O programa funciona nas manhãs, tardes e noites de segunda a sexta-feira, bem como nas manhãs de sábado, no segundo andar do edifício. Mírian de Agostini Machado, assistente social e coordenadora da Associação, relata: “Procuramos a Reitoria por meio do contato com o professor Flavi [Pró-Reitor de Extensão], no período em que o prédio localizado no centro estava no início da proposta de se tornar um espaço socioeducativo e sociocultural, público à comunidade em geral. Fomos muito bem acolhidos”.
A Instituição e a Associação mantêm contato direto através de encaminhamentos para Estágio, Pesquisa e Extensão. Segundo a coordenadora do programa, a parceria com a UFSM já existia e se solidificou com a concessão do espaço ao projeto. “É muito favorável a localização na Antiga Reitoria, pois ela centraliza, aproximando os caminhos. O elo entre a UFSM e a sociedade se mantém ativo e cada vez mais ampliado”, acrescenta Mírian. Segundo ela, as atividades externas promovidas pela Instituição geram vínculos com a sociedade que trazem retornos importantes: “Essa ligação estreita laços e encurta caminhos. A comunidade percebe que a Universidade Federal é uma proposta para ela. Inclusive, 12 alunos da Associação ingressaram na UFSM por meio do último ENEM, em diversas áreas”.
A Associação Orquestrando Arte foi fundada no dia 19 de fevereiro de 2014, em Santa Maria, com o objetivo de trazer a cultura, a dança, o teatro e a música como forma de inclusão social. Nestes oito anos, o projeto expandiu-se e, além dos resultados já obtidos, busca constantemente novos avanços. Um dos planos do programa é aprimorar ainda mais o trabalho exercido, principalmente com relação às atividades direcionadas à população adulta, que atualmente está em menor número na Associação.
No momento, a iniciativa atende 120 alunos, contando, ainda, com uma lista de espera para novos ingressantes. Entre o grupo, incluem-se os familiares, o que resulta em um atendimento indireto a mais de 500 pessoas. O público vem de todos os lugares do município, principalmente da Região Norte e Oeste. As oficinas diurnas compreendem a faixa etária de 6 a 29 anos, enquanto as noturnas contam com um público de maior idade, que concentra pessoas de, principalmente, 40 anos.
A equipe organiza-se em mais de 60 voluntários, divididos entre Assembleia de Associados, Diretoria, Conselho Fiscal, Coordenação Geral, Artística, Pedagógica, de Coros e Orquestra e Educadores. São 14 professores que atuam diretamente e 47 voluntários que auxiliam das mais diferentes formas – como, por exemplo, promovendo arrecadações de alimentos, roupas e verbas orçamentárias. “Reunimos quem estava interessado em trazer a arte como uma forma de inclusão social e cultural, pois percebemos a necessidade de se trabalhar com esse foco na região. Eu sou assistente social de formação e agora, como coordenadora, contribuí com esse olhar dentro da Associação”, completa Mírian.