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Relação entre Agenda 2030 e Extensão universitária foi o tema da primeira mesa do V Congresso de Extensão AUGM

Professores de três países da América do Sul debateram o papel social das universidades latinas



Com o tema Educação, ODS (Agenda 2030-ONU) e Desenvolvimento, a primeira mesa temática do V Congresso de Extensão da AUGM foi realizada na manhã desta terça, 14. Participaram do debate a professora da Universidade Federal de Minas Gerais Ana Lúcia Gazzola, o professor da Universidad Nacional de Córdoba Francisco Tamarit, o reitor da Universidad de Playa Ancha Patricio Sanhueza Vivanco e o pró-reitor adjunto de extensão UFSM Rudiney Soares Pereira. A íntegra da mesa pode ser acessada no canal da Pró-Reitoria de Extensão UFSM (PRE) no YouTube.

Francisco Tamarit, professor da Universidad Nacional de Córdoba (Argentina), destacou as contribuições das universidades latino-americanas e caribenhas para a defesa da democracia na região e na promoção do desenvolvimento regional comprometido com a sustentabilidade. De acordo com o professor, é fundamental discutir as relações entre a educação universitária e a Agenda 2030, pois são poucas as experiências da humanidade que se propuseram a fortalecer mudanças planetárias. Tamarit ainda abordou o contexto da região latina, atravessada pela pobreza e pela violência, destacando o papel das instituições de ensino superior em assumir os desafios e em trabalhar, de forma conjunta e amparada pela ciência, para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Para a professora Ana Lúcia Gazzola, da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil), as mudanças sociais estão transformando e modificando as instituições educacionais em todo o mundo, em especial na América Latina. Gazzola resgatou o papel da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM) para demonstrar a cooperação regional e a produção compartilhada de conhecimento como forma de superação de crises e de desafios que a região enfrenta, criando uma consciência para além das delimitações territoriais. Nesse contexto, as universidades precisam estar preparadas para formar pessoas socialmente comprometidas e atuar na luta contras as desigualdades regionais e os preconceitos que perpassam a América Latina.

Patricio Sanhueza Vivanco, reitor da Universidad de Playa Ancha (Chile), lembrou das mudanças profundas que a América Latina vêm enfrentando nas últimas décadas, o que pressiona as transformações nos sistemas de ensino dos países da região e nas estruturas universitárias. De acordo com o professor, é preciso encontrar as novas possibilidades de atuação, a partir das universidades, para os cenários que se desenham na região, pois todas as questões sociais do continente estão diretamente conectadas com o fazer acadêmico. Vivanco finalizou destacando que a Agenda 2030 é um importante guia para encontrar formas de atuação conjuntas frente às crises, tendo a Educação como eixo central.

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