O mês de fevereiro iniciou com novidades na Orquestra Sinfônica de Santa Maria – órgão suplementar da UFSM diretamente vinculado à Pró-Reitoria de Extensão. Além de mudar de sede – a qual passou a ser no Centro de Convenções da UFSM – uma nova direção assumiu o comando do órgão, encabeçada pelo professor doutor João Batista Sartor, o popular Tita Sartor. Mestre pela University of Iowa, nos EUA, doutor em Música pela UNIRIO, com doutorado sanduíche na Universidade de Aveiro, em Portugal, o professor Tita Sartor tem uma vasta experiência na área. Atuou como flautista durante 15 anos na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e participou de inúmeros concertos em outras orquestras da grande Porto Alegre, como Theatro São Pedro, UNISINOS, PUC, ULBRA e SESI-FUNDARTE. De 2007 a 2011, atuou como maestro da Banda Sinfônica de Santa Maria e retornou ao posto em 2017, depois de completar o doutorado. Em 2018, teve sua estreia como maestro da Orquestra Sinfônica de Santa Maria com o espetáculo Beatles in Concert, ao lado da Banda Magical Mystery. Além disso, no mesmo ano, participou de dois concertos como flautista da própria Orquestra.
A ideia de assumir a chefia do órgão surgiu como uma oportunidade, em parceria com seus colegas professores do Departamento de Música, após o anúncio de mudança da gestão anterior. “A transição de direção foi bem tranquila. O maestro Marco Antonio de Almeida Penna foi muito solícito, passou todos os dados necessários para darmos continuidade ao trabalho. Já estou entrando em contato com os músicos e tenho como proposta fazer um trabalho contínuo ao longo do ano todo, com a realização de concertos mensais”, explica. O novo diretor contará com o apoio da Comissão Artística, que é composta, inicialmente, pelos professores Glaubert Nuske, Marcos Correa, Diego Ramires da Silve Leite, Taiur Fontana e Claudio Esteves. Ele ainda contará com a ajuda de Suzete Silveira, produtora executiva da Orquestra, que auxilia na organização dos espetáculos; de Michele Bianchini, Relações Públicas; de Gerson Leal, auxiliar do órgão e assistente de palco; e de alunos bolsistas de apoio.
Assim, no primeiro ano da gestão, Tita Sartor pretende valorizar os músicos santa-marienses, tanto os que estão dentro da Instituição quanto os que atuam na cidade, além de fazer com que a Orquestra alcance uma maior participação da comunidade, com o apoio da Associação Cultural vinculada à orquestra, através de projetos de incentivo à cultura e de patrocínios. O objetivo é não só buscar os recursos para garantir uma orquestra estável e completa, como também propiciar grandes eventos, de qualidade cada vez melhor, para a comunidade, como ópera, ballet, musical e repertório sinfônico, especialmente obras brasileiras e latino-americanas. O projeto busca dar uma maior visibilidade tanto aos grandes grupos do curso de música – que, além da própria orquestra, incluem o coro e banda sinfônica e o estúdio de ópera – quanto e especialmente aos nossos professores e alunos, que atuarão como integrantes da orquestra ou solistas convidados. “Toda a passagem pela Orquestra é um grande acréscimo no currículo dos músicos. Eles saem daqui com uma grande bagagem profissional”, conta Suzete Silveira. Tita Sartor acrescenta: “já a partir do segundo ano, o foco será ampliar o leque para além de Santa Maria, se a Orquestra tiver conquistado maior estabilidade e meios para trazer mais convidados ilustres”.
A Orquestra também apresenta o auxílio imprescindível da Associação Cultural da Orquestra Sinfônica de Santa Maria (ACOSSM), que existe desde 1988 e contribui para a manutenção, organização e divulgação do órgão e seus eventos. “A parceria que estamos estabelecendo com a associação é muito importante. Inclusive, já estamos nas tratativas com a presidente Maria Isabel Aude, com a vice Ana Lúcia de Oliveira e com a tesoureira Vânia Cóser para aprimorarmos esse vínculo – que vem dando certo – e buscarmos novas ações, como o recrutamento de novos sócios e a ampliação de iniciativas de ensino, divulgação e inclusão social com a comunidade. Queremos aproximar a Orquestra da comunidade”, explica Tita Sartor.
Nova casa
Desde fevereiro, a Orquestra Sinfônica da Santa Maria também está de casa nova: mudou-se para o Centro de Convenções, situado no campus central da UFSM. A sede do órgão situava-se no Prédio de Apoio da UFSM, no centro da cidade. Há aproximadamente dois anos, as tratativas para mudança de local iniciaram através da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) e do Gabinete do Reitor. A prioridade era ter uma sala de ensaios maior, que atendesse à demanda do número de integrantes. Assim, a “nova casa” da Orquestra passou a ser no segundo andar do Centro de Convenções, em um amplo espaço que abriga tanto a sala de ensaios como a parte administrativa. “O apoio da PRE, através do Pró-Reitor Flavi Ferreira Lisbôa Filho e da Coordenadoria de Cultura e Eventos – administrada pela professora Vera Vianna – foram fundamentais para que a Orquestra conquistasse um lugar novo. Entro na gestão com uma grande alegria, a de estar trabalhando em um belo teatro que possui uma sala para os ensaios e a sede da orquestra! Os alunos e os músicos vão ficar empolgados com o novo local”, comenta o novo diretor, Tita Sartor.
Cerca de 45 músicos fazem parte da orquestra, que existe prioritariamente para desenvolver os alunos matriculados nos cursos de Música da UFSM. É a única orquestra-escola do sul do Brasil. “Ter esse espaço é um privilégio. É merecido, afinal, a orquestra já tem 52 anos e, finalmente, agora tem casa própria”, comemora Suzete. Está também em andamento o projeto para reformulação da sala de ensaios, com isolamento acústico e divisórias para os escritórios administrativos.
Programação para 2019
A nova gestão já possui a agenda para o ano de 2019 muito bem encaminhada. Serão realizados cinco concertos oficiais ao longo do ano, nos horários das 12h30min e das 19h30min, nas quintas-feiras, sendo o primeiro no final de abril. Na ocasião, será feito o concerto de abertura, além da apresentação oficial do novo diretor. Em maio, o maestro Cláudio Ribeiro (ex-maestro titular da OSPA) regerá um concerto em homenagem ao compositor e recém-aposentado professor da UFSM Amaro Borges. Em junho, haverá um concerto com o maestro e professor Cláudio Esteves e o Coro de Câmara da UFSM. E a grande novidade, para o segundo semestre, será a realização, em setembro, da Ópera “As Bodas de Fígaro”, de W. A. Mozart, em parceria com o estúdio de Canto do professor Roberto Oliveira e convidados.
Para os concertos Comunitários, em julho, haverá a volta da banda Magical Mystery (cover dos Beatles), em um novo e inusitado encontro com a Orquestra. E, em meados de outubro, será realizado o concerto da série “Didáticos”, em parceria com a Chili Produções, em homenagem às crianças, apresentando o Carnaval dos Animais de C. Saint-Saens.
Já em novembro, o maestro Cláudio Esteves retorna com “Messiah”, de G. F. Handel. No final do ano, em dezembro, o Ballet Quebra-Nozes, de P. I. Tchaikovsky, em uma parceria que prenuncia os 60 anos da UFSM e da Escola de Ballet Yvonne Freire, ambos a serem completados em 2020. Além das atrações dos meses já definidos, a Orquestra realizará alguns concertos em parceria tanto com a PRE – que acontecerão nos demais campi da UFSM – quanto com o Departamento de Música, como o Festival Internacional de Música, que acontece anulamente em Vale Vêneto. Para fechar a programação da Orquestra, duas seleções serão feitas: uma de alunos solistas da UFSM e outra de composições para a Orquestra Sinfônica, na qual poderão participar alunos e ex-alunos da Instituição.
Texto e fotos: Andréa Ortis – MTB 17.642/ Núcleo de Divulgação Institucional PRE
Revisão Textual: Erica Medeiros / Núcleo de Divulgação Institucional PRE