Os pesquisadores do CENERGIA Flávio Dias Mayer, Thiago Castro de Almeida e Paulo Salbego, sob a coordenação do Profº Ronaldo Hoffmann, realizaram um estudo com objetivo de estimar o excedente de casca de arroz no estado do Rio Grande do Sul e avaliar a viabilidade de sua utilização para a geração de energia elétrica.
A produção de casca de arroz em solo gaúcho foi estimada em 755 mil toneladas por ano, advindas de 230 engenhos de beneficiamento de arroz. Essa grande quantidade de casca de arroz tem potencial energético para a instalação de 479,5 MW, responsáveis pela geração de 322,7 GWh ao ano. Desse total, 43,1% poderiam ser produzidos por 214 engenhos (93% do total) com capacidade energética menor que 800 kW, sendo classificadas como micro centrais termelétricas (MCT).
Uma análise de sensibilidade mostra que quanto menor a capacidade de uma MCT, mais sensível ela é com relação a parâmetros econômicos como taxa de juros de financiamento, preço da energia comprada da rede, preço da energia vendida à rede e créditos de carbono. Além disso, todas as MCTs analisadas mostraram rentabilidade somente quando créditos de carbono foram incluídos nas receitas, mostrando a importância desse recurso.
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