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Monitorando as Nascentes

A água, um elemento natural e fonte vital na Terra, está se tornando cada vez mais escassa em qualidade e quantidade devido ao crescimento populacional e à crescente demanda por recursos naturais para atender às necessidades humanas. O monitoramento ambiental em bacias hidrográficas tem o objetivo de caracterizar as mudanças resultantes do uso e ocupação do solo, permitindo a avaliação dos impactos das atividades humanas nas bacias hidrográficas sobre os ecossistemas (IOST, 2008). A retirada da vegetação, o manejo inadequado do solo e a ocupação urbana acelerada nas áreas circundantes dos rios têm impactos diretos nos regimes hidrológicos, hidráulicos e sedimentológicos, além de afetarem as características das águas superficiais (FERREIRA, 2012). Nascentes ou olhos d’água representam locais onde a água subterrânea aflora naturalmente, mesmo que intermitentemente. 

Conforme o Código Florestal (Lei nº 4.771/65) (BRASIL, 1965), é exigido um raio mínimo de 50 m de faixa marginal de vegetação nativa a ser preservada nas nascentes, mesmo que intermitentes, conforme o artigo 2º. A Resolução CONAMA 303/2002, artigo 3º, inciso III, também respalda essa diretriz (BRASIL, 2002). Entretanto, frequentemente observa-se desrespeito às áreas de preservação permanente, exigindo a imediata previsão de sua recuperação. A poluição dessas áreas compromete significativamente a qualidade dos rios, córregos e cursos d’água, resultando em desequilíbrio ambiental. As nascentes desempenham um papel crucial nas bacias hidrográficas, originando cursos d’água que, quando bem conservados, alimentam os rios de maneira abundante e contínua. 

Assim, a proteção das nascentes preservadas e a recuperação das degradadas, aliadas à promoção do uso sustentável de suas águas, são ações fundamentais para garantir a segurança hídrica das bacias hidrográficas (MOTTA; GONÇALVES, 2016). Sabe-se que inúmeros cursos d’água carecem de estudos direcionados à preservação de suas nascentes e aos impactos causados pela erosão hídrica, como é o caso do Rio Lajeado Pardo. Sua nascente principal, localizada na Linha Cadoná, em Frederico Westphalen, é o foco deste estudo. A atividade econômica predominante na região é a agricultura, impulsionada pela crescente demanda por produtos agrícolas e pelo planejamento inadequado das propriedades rurais. Isso resulta em desmatamento em larga escala, já que os agricultores buscam constantemente aumentar a produção agrícola, levando ao desmatamento da mata ciliar (MENDONÇA, 2012). 

Objetivos: Prosseguir com a avaliação dos parâmetros qualitativos e quantitativos das quatro nascentes vinculadas à Bacia do Lajeado Pardo. Isso possibilitará a avaliação do grau de salubridade, bem como a identificação e quantificação dos elementos predominantes que contribuem para o nível de degradação. Tal avaliação levará em consideração as variações ao longo dos meses do ano, conforme as influências do uso do solo nas microbacias.