O fogo há milhares de anos vem sendo utilizado como instrumento de manejo do solo, por de fato, ser mais barato. Será? Sempre que falamos em fogo, ele pode ser oriundo de basicamente 2 formas: natural, de raios ou causas incertas, ou causada pelo homem, por atividade de limpeza para criação de gado e lavouras, fogueiras em acampamentos, caçadas e pescarias, balões de festas juninas, e até mesmo ações criminosas. Além disso, existem as queimas controladas, autorizadas pelo órgão ambiental e que, ao saírem do controle e invadirem áreas além daquela em que se objetivava a limpeza, ocasionam os incêndios florestais.
É crescente a preocupação com o número de incêndios florestais ocorridos nos últimos anos no Brasil e no mundo, já que geram consequências consideráveis ao meio ambiente, além de danos financeiros e a saúde humana. Os elementos naturais que regem a ocorrência, a intensidade e a propagação de incêndios são a umidade relativa, a temperatura do ar e a velocidade do vento.
Os efeitos provocados pelo fogo resultantes de um incêndio florestal afetam desde animais silvestres à microrganismos presentes no solo. Assim sendo, o empobrecimento dos solos e o favorecimento de sua degradação, a perda do equilíbrio dos ecossistemas e da biodiversidade são danos resultantes das queimadas. Nesse sentido, existe um crescente aumento do número de mortes de animais, de maneira direta e indireta, por meio da redução das florestas e consequente perda de habitat e diminuição do alimento disponível. Pode-se citar ainda, como um grave efeito, a emissão de carbono para a atmosfera, ocasionando o famigerado efeito-estufa, grande responsável pelas atuais mudanças climáticas.
Dessa forma, mesmo que o fogo seja um fenômeno natural em muitos dos ecossistemas pelo mundo, as interferências antrópicas são consideradas agravantes e cada vez mais afetam o equilíbrio da natureza. A influência humana nos desastres causados pelo fogo, ainda é dominante. Assim, torna-se fundamental o investimento em técnicas de educação ambiental, controle de desmatamento, fiscalização, previsão, prevenção e controle de incêndios florestais para assim, os impactos negativos possam ser minimizados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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