A crise climática não é mais uma preocupação futura, em muitas partes do mundo, ela já começou. Milhões de pessoas vivem com temperaturas extremas, enfrentando uma ameaça crescente de enchentes ou até mesmo de incêndios florestais. A temperatura da Terra aumentou 0,07 °C a cada década desde o final do século XIX, um aumento que tem sido associado à queima em massa de combustíveis fósseis, em destaque a queima do petróleo e do carvão mineral, além do agravamento do desmatamento.

Conforme a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP 26), realizada em Glasgow, na Escócia, há um apelo pela redução de 45% das emissões globais até o final da década visando a redução de 1,5°C da temperatura média do planeta. Em relação a este assunto, o Brasil assumiu alguns compromissos. O primeiro deles foi a revisão das NDCs que visa a tentativa de tornar-se um país carbono neutro até 2050 e cortar em 50% as emissões de carbono até 2030. Conforme o Governo Federal, para que essa meta seja alcançada as compensações acontecerão por meio do mercado de carbono que atrela os créditos de carbono a projetos de redução ou remoção de GEE (gases de efeito estufa) da atmosfera. A redução é convertida em títulos que são negociados com governos, empresas ou pessoas físicas que possuem metas de redução das emissões. O crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono, um dos principais GEE. 

A segunda meta é a redução em 30% da emissão de metano até o final desta década, mas o que dificulta essa redução são os rebanhos bovinos, que são responsáveis por 70% das emissões de metano. Juntamente com outros países, o fim do desmatamento está planejado até 2030, com a mobilização de 19,2 bilhões de dólares para esse esforço, embora estas metas tornam-se cada vez mais difíceis de serem alcançadas, já que o cenário atual encontra-se em estado crítico. Contudo, nossa esperança não se esgota.  #GOPLANET