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O clima está mudando e, com isso, o acesso aos alimentos também



As mudanças climáticas são amplamente reconhecidas pela comunidade científica que, há mais de 30 anos, acompanha atentamente os efeitos da aceleração do  aumento da temperatura média global, conhecido como aquecimento global. Nos últimos meses, as notícias sobre fenômenos climáticos extremos têm atraído cada vez mais atenção mundialmente, e não é muito difícil ter a sensação de que a natureza está fora de controle. Mas e aí, você já parou para pensar como as mudanças climáticas afetam, de forma direta, o dia a dia das pessoas?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre os anos de 2030 e 2050, espera-se que as mudanças climáticas causem aproximadamente 250 mil mortes adicionais por ano, sendo a desnutrição uma das principais causas. Esse impacto já é sentido na prática, visto que as alterações no clima afetam diretamente a disponibilidade e a qualidade dos alimentos, como destaca Luiza Pigozzi, presidente da Cooperbio: “Hoje a gente sente na pele as mudanças climáticas na produção de alimentos. A gente vê períodos de extrema seca, de estiagem, sem chuvas, que prejudicam a produção de alimentos. E em outros períodos do ano, enchentes”. Isso evidencia como as mudanças climáticas afetam diretamente a oferta de alimentos, impactando o crescimento e a produção, desde as plantas até os produtos como o leite. 

O diretor executivo da Agência de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai (ADMAU) Eliseu Liberalesso  pontua que “o maior desafio diante das mudanças climáticas é, sem dúvida, promover a conscientização para a adoção de uma agricultura sustentável dentro desse contexto produtivo”. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a agricultura familiar precisa adotar práticas como o uso eficiente da água, o manejo adequado do solo, o cultivo diversificado e o uso de sementes adaptadas às novas condições climáticas para garantir sua sustentabilidade.

Foto: Reprodução/Diego Vara.

A agricultura familiar enfrenta desafios crescentes devido às mudanças climáticas. A adoção de práticas agrícolas sustentáveis é urgente para mitigar os impactos desses eventos extremos, que ameaçam a produtividade das pequenas propriedades e aumentam a vulnerabilidade dos pequenos agricultores. O estudante de Agronomia e agricultor familiar Vinicius Klunk ressalta: “A produção de leite está ligada principalmente à produção das áreas de lavoura, porque nada adianta tu querer produzir leite mas se tu não tem não tem alimento suficiente para alimentar seu gado. Então por isso você tem que cuidar bem das lavouras para que elas possam ter retorno.”

O desmatamento representa outra ameaça frequentemente negligenciada: ele está contribuindo para as mudanças climáticas. A agricultura convencional, destacada por Luiza Pigozzi, é caracterizada por práticas que envolvem o desmatamento, o uso excessivo de venenos, maquinários e fertilizantes. Pigozzi relata que, como alternativa, a agroecologia surge como uma prática de agricultura camponesa tradicional, sem o uso de químicos, voltada à preservação ambiental. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), apenas a derrubada de árvores em áreas tropicais libera mais de 5,6 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa a cada ano, intensificando o aquecimento global. A chefe do setor de Adaptação e Resiliência às Mudanças Climáticas do PNUMA Mirey Atallah enfatiza: “Se quisermos ter alguma esperança de desacelerar as mudanças climáticas, precisamos parar de desmatar.” 

A graduanda do sétimo semestre do curso de Engenharia Florestal e integrante do PET Engenharia Ambiental Geisa Zanini, salienta que é possível observar as mudanças bruscas de temperatura, por exemplo, na diferença na disponibilidade hídrica e de alimentos. “É nesse cenário que entra o engenheiro florestal, como profissional que pode estar ali auxiliando nesse manejo adequado das águas e das florestas, atuando na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”. Portanto, o papel do engenheiro florestal se torna fundamental para a gestão dos recursos naturais, auxiliando na garantia de um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

Por Jéssica Hemsing.

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