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Democratização da Mídia, Esfera Pública e Cidadania são temas debatidos em Atividade de Pesquisa do PETCom



Nesta terça-feira, 04 de maio, o Programa de Educação Tutorial da Comunicação Social (PETCom) se reuniu virtualmente para mais uma atividade de pesquisa. Para este segundo debate foram dois os textos indicados. O primeiro, “Democratização da Mídia, Espaço Público e Diversidade Cultural”, de autoria de Carlos Henrique Demarchi, e o segundo, como leitura complementar, “Cidades e cidadãos imaginados pelos meios de comunicação”, de Néstor García Canclini. A temática dos textos estava em consonância com a última atividade de ensino do Programa, “Democratização da Mídia”, realizada no dia 27 de abril, com Bibiano Girard, doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (PPGCom-UFSM) e ex-integrante da “Revista O Viés”, como ministrante. 

Com dinâmica a seguir como foi a atividade de debate do texto “O joio, o trigo, os filtros e as bolhas”, os slides foram preparados pelas petianas organizadoras, Franciéli Barcellos e Thais Immig, as quais também foram responsáveis pela mediação. O debate iniciou com a apresentação de cada um dos autores, sendo Demarchi Doutor em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e atualmente professor do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, campus de Araçatuba/SP, e Canclini, autor recorrente em bibliografias da FACOS, um antropólogo argentino com foco de trabalho na a pós-modernidade e na cultura a partir de ponto de vista latino-americano. O antropólogo assumiu no último ano a Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP).

O debate partiu do texto de Demarchi, a fim de discutir e pensar a diversidade cultural no sistema televisivo nacional com base não apenas na democratização e na regulamentação da mídia de maneira formal, por meio da burocracia estatal, mas também por iniciativas da sociedade organizada. Situou-se, de maneira crítica, as características da indústria cultural nesse cenário, e foram feitas considerações acerca das propostas do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Já a partir do texto de Canclini se examinou, com a Cidade do México como exemplo, a questão das cidades não apenas como espaços de construção física, mas também social e midiática. Colocou-se em foco discussões sobre esfera pública, sobre cidadania x consumo, e a relação entre democratização das cidades com democratização da mídia.

Ao fim, deixou-se dois questionamentos: “Como pensar a proposta do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação nos dias atuais, dado que a iniciativa tratada no texto se refere ao ano de 2011?” e “Visto que o texto de Canclini é de 2002, como podemos pensar este debate também em relação as redes sociais em ambiente virtual, uma vez que o autor indica apenas aos meios de comunicação de massa impresso, radiofônico e televisivo?”. 

A atividade foi proveitosa, com a possibilidade de expandir o debate dos textos às experiências de mercado, bem como com a possibilidade de ultrapassar as noções de comunicólogos/as para as noções mais amplas de cidadãos/ãs. Destacou-se a fluidez e diálogo entre os textos e a importância de atividades com esse caráter.

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