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Atividade de Pesquisa organizada pelo PETCom debate fake news, tecnologia e credibilidade



Nesta terça-feira (20) o Programa de Educação Tutorial da Comunicação Social (PETCom) reuniu-se virtualmente para debater o texto “O joio, o trigo, os filtros e as bolhas”, de Sylvia Moretzsohn, jornalista, mestre em Comunicação (UFF), doutora em Serviço Social (UFRJ) e pós-doutoranda em Estudos de Comunicação (Universidade do Minho). Aberta a comunidade, a atividade reuniu em torno de 20 pessoas que debateram a obra de Moretzsohn, indicação da Professora Dra. Laura Storch como um complemento da atividade de ensino “Tecnologia, Desinformação e Checagem”, realizada na última terça-feira (13).

Foto retirada da tela do computador, mostrando a sala do Google Meet com os participantes da atividade de pesquisa. Nas bordas superior e inferior há uma tira azul escura e no canto inferior esquerdo a frase: "Atividade de Pesquisa".

Com slides preparados pelas organizadoras, a atividade iniciou  com o debate do conceito de “pós-verdade”, bem como a naturalização do termo “Fake News” e o uso político da expressão. Aliado à essa banalização, têm-se a percepção de que  termos como “comunismo”, “militante”, “MST”, são vistos negativamente e utilizados para transmitir medo. Este, que é  irracional e que, somado a uma base argumentativa objetiva, fabrica fake news sedutoras e legitimadas por uma bolha social. Discutiu-se ainda como as redes sociais tornaram-se um local propício para a disseminação de desinformação, ampliadas por uma série de mecanismos que desqualificam a produção jornalística de qualidade.

Debateu-se ainda os métodos utilizados pelas agências de fact checking  e a forma como podem ser falhos. Analisando os exemplos citados por Moretzsohn, concluiu-se como a contextualização de uma informação é extremamente importante, sendo errôneo apenas relatar e não contextualizar. Nas palavras da autora: “ […] frases isoladas podem ser verdadeiras, mas reunidas ou articuladas a outros fatos, tantas vezes acabam contando uma grande mentira”. As agências de checagem constituem uma importante forma de barrar a desinformação, mas seus métodos são passíveis de melhora, para que não sirvam à “legitimação da narrativa dominante”.

Sobre credibilidade, foi trazido para debate a diferenciação entre credibilidade constituída – aquela posta pelo próprio veículo midiático, e credibilidade percebida – que  refere-se à credibilidade que o leitor atribui ao veículo jornalístico, logo, esta tem natureza intersubjetiva. Além disso, a lembrança de uma questão já colocada na atividade do dia 13 veio à tona, com relação ao seguinte questionamento: “lidar com fake news é tarefa da Comunicação Social?” A pergunta vai de encontro ao entendimento de que estas permeiam várias áreas. Para respondê-la, os participantes falaram da necessidade de uma conversa interdisciplinar, onde a comunicação está  presente, mas que envolve outros fatores, como a necessidade de uma educação para a mídia.

Outro desafio é de como  desconstruir os afetos que fazem as fake news legitimadas por bolhas, o que as torna uma verdade absoluta para parte da população. Mostrou-se a necessidade de se romper essa manipulação de sentimentos, romper essa bolha, combater a alienação. No entanto, não há  respostas definitivas da autora e nem do público, mas sim inquietações para reflexão.

Márcia Feliciani, mestranda em comunicação no PPGCOM, disse que “o encontro foi muito interessante. O texto e o debate que ele trouxe são fundamentais para pensarmos o papel da comunicação em tempos difíceis como o que estamos vivendo. No meu caso (e, aparentemente, no da própria autora), suscitou mais perguntas do que respostas, mas considero isso ótimo. É um incentivo para seguir pesquisando, debatendo e buscando alternativas éticas e honestas em meio ao tanto de desinformação que vemos todos os dias. Muito bom saber que o pessoal da graduação tem essas preocupações, coisa que, na minha experiência de mercado, muitas vezes vi faltar.”

  • Na próxima terça-feira (27) o PETCom realizará uma Atividade de Ensino com o tema Democratização da Mídia, seguido de um debate de pesquisa com o mesmo tema, no dia 04 de maio.

 

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