Enquanto as cotações da soja em Chicago preocupam produtores de muitos lugares do mundo, o Brasil deve aumentar a superfície dedicada à oleaginosa na temporada 2015/2016. É o que aponta reportagem do Portal norte-americano Agriculture.com, em texto assinado pelo correspondente para América Latina Luis Henrique Vieira.
Segundo o consultor de mercado Carlos Cogo, de Porto Alegre, a área total deve pular dos 31,8 milhões de hectares (plantados em 2014/2015) para 32,8 milhões de hectares – com uma produção de 100 milhões de toneladas. Isso não significa que os produtores estão contentes com os preços atuais, mas que ainda há fronteiras agrícolas a explorar no País.
Confirma também que os produtores brasileiros seguem confiando mais na soja do que no milho, como já vem ocorrendo nos últimos anos. Projeções do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea) e da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja) apontam que a superfície no maior produtor do país não deve crescer mais de 4%.
Luiz Nery Ribas, diretor técnico da Aprosoja, explica que o crescimento reflete a recuperação de áreas degradadas de pastagem no noroeste e leste do MT. No entanto, ele diz que os produtores podem estar qualquer coisa, menos contentes: “O clima é de apreensão entre os produtores aqui. Há preocupação com o clima, preços, custos crescentes, escassez de crédito e a incerteza sobre o valor do dólar”.
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