A revolução no agronegócio com a chegada das Startups
Você sabe o que são Startups? Não? Então leia o texto a seguir!
“Startup” é o ato de começar algo, termo normalmente relacionado a companhias e empresas que estão no início de suas atividades. As startups são empresas constituídas, em sua maioria, por jovens que buscam a inovação em qualquer área ou ramo de atuação, procurando desenvolver um modelo de negócio (forma como a empresa gera valor) crescente e que seja passível de repetição.
Mas o que esse tipo de empresa tem a ver com o agronegócio? A grande questão é que as startups estão trabalhando no ramo da inovação, como por exemplo no uso de computadores, inteligência artificial, sensores, satélites, drones e internet, embarcando cada vez mais a tecnologia no meio rural. A atuação dessas empresas, conforme levantamento, se dá principalmente na agricultura de precisão e no desenvolvimento de equipamentos inteligentes e hardwares, totalizando 75% de participação no montante das startups do agronegócio. Destaca-se também o trabalho com consultorias, proteção de cultivos, comercialização de insumos, segurança alimentar e irrigação, nos quais o uso da tecnologia também se torna presente.
As inovações não param por aí: drones e robótica também são objetivos no desenvolvimento das startups, no comércio on-line, nas áreas de saúde e nutrição animal, biomateriais e bioquímicos com foco no agronegócio. Visando a inserção no campo, maiores ganhos produtivos, redução de custos, aumento da sustentabilidade e a praticidade no trabalho dos agricultores e técnicos. Todos os setores citados, buscam pela constante melhoria e adaptação às diversas formas de trabalho, e as startups já estão engajadas nesse fim.
Segundo pesquisa feita pela Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, 67% das propriedades agrícolas do país usam algum tipo de tecnologia, seja na área de gestão dos negócios, de atividades de cultivo ou na colheita da produção. A Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócioverificou que 42% dos entrevistados em 2017 utilizam a internet no campo, um aumento de 7,7% em relação a 2013. No mesmo ano, 17% dos produtores consultados tinham celular com acesso à internet. Agora, a porcentagem subiu para 61%, um índice atrativo para as startups, que vislumbram o aumento de seu mercado – visto que grande parte de suas tecnologias envolvem o uso de internet, computadores e smartphones.
A agricultura, tal como conhecemos hoje, está entrando em uma nova etapa e tende a ser transformada radicalmente pela tecnologia. Segundo reportagem do site norte-americano Agriculture.com, estima-se que cerca de 52% dos agricultores dos Estados Unidos já usam alguma forma de direção automática, e a perspectiva é de que se atinja 64% no próximo ano. Máquinas totalmente autônomas já estão em testes pelo mundo proporcionando melhor aproveitamento da mão de obra, integração com as frotas do maquinário atual, operação 24 horas por dia com monitoramento de dados em tempo real e, no futuro, a habilidade de responder automaticamente às ocorrências meteorológicas. Além disso, estarão disponíveis drones capazes de realizar fotos aéreas da lavoura, mapear e até mesmo pulverizar as áreas no período noturno.
Grande parte de todas essas inovações surgiram a partir de startups, seja de forma direta ou indireta, mostrando que este é um ramo promissor que entra com força para solucionar problemas na agricultura, otimizar os recursos, melhorar a eficiência, aumentar a produtividade e reduzir custos.
Texto publicado no Jornal Integração Regional na sexta- feira dia 13 a 19 de outubro de 2017. N° 656. Pg 4.
DIEGO ANDRÉ RIZZATTO
Acadêmico do 8° semestre de Agronomia da UFSM
Membro do grupo PET Agronomia
E-mail: diegorizzatto18@hotmail.com
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