A Olericultura como alternativa de diversificação e fonte de renda
A Olericultura é um dos ramos da horticultura que trata da produção e exploração de oleráceas e/ou hortaliças, por exemplo, alface, cenoura, chuchu, repolho, tomate, couve, beterraba, dentre outros. Com o aumento da demanda por alimentos cada vez mais saudáveis, naturais e cultivados em sistemas de produção sustentáveis, as olerícolas têm ganhado espaço nas unidades familiares, principalmente. Uma vez que, tais culturas possuem ciclos biológicos consideravelmente curtos, o que proporciona mais de um cultivo por ano, consequentemente, gera uma boa rentabilidade em pequenas áreas quando comparado a grandes culturas, como soja e milho, por exemplo
No entanto, o cultivode olerícolas exigem tratos culturais intensivos, demandando mão-de-obra constante durante todo o ciclo das culturas implantadas. Por vezes, esta é uma atividade econômica de alto risco para o produtor rural, principalmente em sistema convencional (a campo), em função de que as plantas ficam sujeitas a maior ocorrência de problemas fitossanitários, estando expostas às condições climáticas, como ainda pode ser afetada significativamente ou não pela instabilidade de preços no momento de comercialização.
Segundo levantamento recente da EMATER/RS, o cultivo de olerícolas em sistema de produção convencional/aberto/não protegido envolve uma área em torno de 91.335 ha, com produção de 1.922.435 toneladas e abrange 62.877 produtores. Já o sistema de cultivo protegido (estufas, telas, etc.) possui uma área de 1.983 ha, gerando uma produção de 39.964 toneladas e conta com 5.236 produtores.
Esses dadosdemonstram o quanto a olericultura ainda tende a crescer em função da demanda exigida pela sociedade. Portanto, há necessidade dos produtores se especializarem em determinado nicho, por exemplo, a produção e beneficiamento de olerícolas em porções prontas para consumo. Outras tendências são: a produção de mini-olerícolas e mini-hortaliças, como também produção de frutas vermelhas (mirtilo, amora, framboesa) e physalis, as quais possuem grande valor agregado, possibilitando significativos ganhos. Além de destacar a importância que terá a certificação desses produtos, garantindo qualidade ao mesmos.
Texto publicado no Jornal Integração Regional na sexta-feira, 23 de dezembro de 2016.
TailineHalberstadt
Acadêmica do Curso de Agronomia
Bolsista Grupo PET Agronomia
E-mail: tailine.halberstadt@gmail.com