Manihot esculenta, você já ouviu falar?
A mandioca, macaxeira, aipim, castelinha, uaipi, são nomes diferentes para um mesmo alimento, cujo nome científico é Manihot esculenta. Além dos diversos nomes regionais, também existem diversas cultivares, algumas delas de maior conhecimento popular ou científico, por exemplo: vassourinha, frita, IAC 576, BRS 399, aceguá e poly. Essas podem ser identificadas de acordo com seus aspectos morfológicos como espaçamento entre os entrenós, número de lóbulos da folha assim como sua cor, forma e nervuras, cor da poupa e espessura da ponta da raiz etc.
A produção desta raiz está historicamente associada ao conhecimento dos povos tradicionais indígenas. A “Rainha do Brasil”, como foi apelidada pelos povos lusitanos, foi o primeiro alimento apresentado pelos indígenas aos europeus, com técnicas de moagem da raiz, dando origem a diversos produtos que, até hoje, compõem a mesa do brasileiro, tais como: farinha, beiju, pirão, tucupi, entre outros. Ao longo dos anos a produção e distribuição ocorre através daqueles que conhecemos como “pequenos agricultores”. Estes são os principais responsáveis por este importante alimento já incorporado pela agricultura familiar na vida do brasileiro.
A importância dessa planta é reconhecida de várias maneiras ao redor do mundo, sendo escolhida pela Organização das Nações Unidas como alimento do século XXI. A produção dessa cultura apresenta grande potencial em reduzir a fome e a pobreza rural e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico de muitos países. O destaque ocorre porque a mandioca é uma cultura de baixo custo, pode ser cultivada em muitos locais com clima e solos diferentes, apresenta fácil adaptação, rusticidade e tolerância a secas.
O Brasil destaca-se por ser o quarto maior produtor de mandioca do mundo, com elevada importância econômica e social e, também, por ser a principal fonte energética para a grande parte da população brasileira e uma fonte de alimentação animal de grande destaque.
As raízes da mandioca contêm, em média, 70% de água e 30% de matéria seca, sendo esta rica em energia e possuindo baixa concentração de proteína, vitaminas e minerais. As raízes também podem ser incluídas na formulação de rações para bovinos, suínos e aves, devido seu valor energético e boa palatabilidade, necessitando apenas a incorporação de fontes de proteína, tais como, farelo de soja ou até mesmo as próprias folhas de mandioca havendo, previamente, o importante cuidado no processamento para evitar intoxicação em alguns casos.
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André Müllich – Acadêmico do 3º semestre de Agronomia
Universidade Federal de Santa Maria – Bolsista do grupo PET Agronomia
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