Manejo de fertilizantes nitrogenados na cultura do milho
Dentre os cereais cultivados no Brasil, o milho é o mais expressivo. Contudo, o manejo desta cultura deve ser ainda aperfeiçoado em busca do máximo potencial produtivo que ela pode proporcionar. Aspectos econômicos, ambientais e tecnológicos resultarão em uma melhor qualidade do produto. O cuidado com as épocas e aplicações de fertilizantes também deve ser considerado.
Um dos fertilizantes mais utilizados para manejo na cultura do milho são os que contém o nitrogênio como principal constituinte. Os fertilizantes nitrogenados, em geral, são aplicados de forma parcelada, evitando principalmente a perda do fertilizante por lixiviação e volatilização. Uma dose pequena é utilizada na semeadura e o restante em cobertura, usualmente no estágio de 4 a 8 folhas.
A ureia é uma das principais formas utilizadas para reposição de nitrogênio no solo, porém, ela, assim como a maioria dos fertilizantes nitrogenados, sofre com a grande volatilização da amônia, o que faz com que grande parte do que foi aplicado seja perdido para o meio na forma de gás. Medidas como a incorporação da ureia no solo, em torno de 5 a 7,5 cm de profundidade é eficaz para diminuir as perdas por volatilização sofridas quando ela é aplicada na superfície do solo.
Para uma eficaz adubação nitrogenada, deve-se observar as condições do ambiente em que será feita a aplicação. Por exemplo: solos com textura arenosa e áreas sujeitas a chuvas de alta intensidade, as doses de fertilizantes nitrogenados deverão ser maiores do que em solos com textura argilosa e sem uso de irrigação. Essa diferença ocorre principalmente pela dinâmica do nitrogênio no solo, a qual é mais rápida (maiores perdas) em solos que apresentarem as primeiras condições.
A aplicação de fertilizantes nitrogenados é uma prática de grande importância, já que a cultura do milho tem uma alta demanda por nitrogênio, sendo necessária uma complementação da quantidade já proporcionada pelo solo. Os benefícios trazidos após a aplicação do nutriente são evidentes, pois além de aumentar consideravelmente a produtividade, ele também é responsável pelo aumento da massa seca e das proteínas presentes no grão, melhorando a qualidade ao produto.
A importância do milho para a alimentação animal e humana ou na geração de renda, a partir da comercialização do grão ou como subprodutos oriundos de sua produção, são de extrema importância para as propriedades rurais. Salienta-se que a fertilização nitrogenada e a época de aplicação deve ser adaptada para cada região, clima e solo, evitando perdas de produtos e gastos desnecessários. Melhores condições de manejo responderão com altos índices de produção.
Texto publicado no Jornal Integração Regional na sexta-feira, 08 de janeiro de 2016.
Nariane de Andrade
Acadêmica do 3º semestre do curso de Agronomia – UFSM
Integrante do Grupo PET Agronomia