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O impacto da estiagem sobre a produção de milho no estado do Rio Grande do Sul



As necessidades hídricas da cultura do milho e a sensibilidade ao déficit hídrico variam ao longo do ciclo, afetando praticamente todos os aspectos relacionados ao desenvolvimento das plantas, como por exemplo, redução da área foliar, diminuição da taxa fotossintética, comprometendo assim vários outros processos.

Segundo Bergamaschi (2006), durante o período vegetativo, o déficit hídrico reduz o crescimento do milho, em função de decréscimos da área foliar e da biomassa, porém, nesse período não estão sendo formados os componentes do rendimento. Já no período crítico, ou seja, da pré-floração ao início do enchimento dos grãos, o milho é extremamente sensível ao déficit hídrico, em decorrência dos processos fisiológicos ligados à formação do zigoto.

O Rio Grande do Sul é o sexto maior produtor de milho grão do Brasil, na safra 2021/2022 a área semeada no estado alcançou mais de 830 mil hectares. Com os baixos volumes de precipitação no RS, áreas principalmente no norte e noroeste gaúcho, onde o plantio do milho começa em meados de agosto, foram as mais afetadas pelo tempo seco e pelas altas temperaturas de novembro e dezembro, isto porque a cultura se encontrava em fases de pré-pendoamento, polinização e enchimento de grãos.

Segundo levantamento da Emater/RS-Ascar a cultura do milho foi a mais afetada pelo déficit hídrico entre as culturas de verão, atingindo mais de 90 mil produtores rurais gaúchos. As perdas financeiras do Valor Bruto da Produção (VBP) na cultura do milho já ultrapassam o valor de R$5,41 bilhões. A estimativa é do levantamento realizado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), além disso, a Rede Técnica Cooperativa (RTC) divulgou dados mostrando que a quebra do milho sequeiro é de aproximadamente 59%, enquanto no irrigado é de 13%.

Portanto, frente ao atual cenário encontrado pela cultura do milho no estado e reconhecendo sua relevância no sistema produtivo e econômico, buscar suporte para a produção do mesmo torna-se indispensável. Alternativas como o zoneamento agrícola e práticas como a rotação de culturas e o escalonamento da semeadura, tornam-se medidas de redução de riscos, além disso, outra alternativa é o incentivo à utilização da irrigação, principalmente no período crítico da cultura, possibilitando assim reduzir danos e prejuízos frente a adversidades climáticas e visando a rentabilidade do produtor rural.

Autora:

Renata Vitória Roveda Willrich, acadêmica do 2º semestre de Agronomia e integrante do grupo PET Agronomia — Universidade Federal de Santa Maria

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