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Soja e seus derivados



A soja é um dos grãos mais exportados pela agroindústria brasileira, chegando a 121,8 milhões de toneladas de produção no ano de 2020, o que expressa grande importância econômica para o país. Mas o que é feito através desse grão? Quais são as possibilidades de subprodutos? Quais os benefícios para a saúde ao consumir proteína de soja? Neste texto, serão abordados estes assuntos e mais algumas informações importantes sobre o consumo dessa commodity.

O primeiro produto a ser listado é o grão em si, que é comercializado in natura e serve de base para todos os demais produtos. Em seguida, temos o óleo de soja, muito utilizado pela culinária, porém, por passar por diversos processos de refinamento para chegar à consistência de óleo, acaba perdendo muitos dos benefícios nutricionais do grão. O óleo apresenta predominância de gorduras poliinsaturadas, monoinsaturadas e saturadas, além de alguns ácidos graxos, incluindo o ômega 3.

O leite de soja é um grande substituto ao leite de vaca, e ajuda na alimentação de pessoas que têm intolerância à lactose. Se analisarmos somente o teor de proteína no leite de soja, a quantidade já é suficiente para substituir o leite animal, porém, ele não possui teores de cálcio suficientes. Além destes, existe a farinha de soja, que é equivalente à farinha de trigo — com a vantagem de não possuir glúten, iogurte de soja, molho shoyu (molho de soja), tofu (queijo de soja), proteína texturizada (carne de soja), missô (pasta de soja), okara e endamme. Estes últimos são produtos com processos orientais, região na qual o consumo de soja é mais frequente e faz parte do cotidiano da população.

A soja pode se destacar por ser uma proteína funcional, ou seja, possui benefícios para a saúde, principalmente relacionados à redução do risco de desenvolvimento de doenças crônicas ou degenerativas. É também uma ótima opção quando a carne é escassa ou com preços inacessíveis, por seu alto teor de proteína. A soja é caracterizada por ser um alimento completo, ou seja, rica em carboidratos, lipídeos, ácidos graxos (saturados e insaturados), vitaminas e fitoquímicos, como as isoflavonas, além de ser fonte de diversos minerais.

As isoflavonas são compostos, atuam como inibidoras enzimáticas e como estrógenos e antiestrógenos. Cada químicos fenólicos, também conhecidos como isoflavonóides. Elas possuem propriedades biológicas de antioxidantes vez mais se evidencia que as isoflavonas da soja auxiliam na prevenção de câncer (pela ação da genisteína), diabetes mellitus, osteoporose, hipertensão e doenças cardiovasculares, sem mencionar as terapias de reposição hormonal para mulheres que estão na fase de climatérico, ou seja, a menopausa.

Nos dias atuais, uma dieta balanceada e saudável está nas metas do consumidor com mais frequência. Alimentos funcionais que podem trazer mais benefícios nutricionais na vida das pessoas serão cada vez mais procurados, pois o uso de medicamentos é evitado pela maioria da população. A soja, por ser um alimento quase completo, livre de colesterol e glúten, com uma grande fonte de proteínas, é uma alternativa muito eficaz na alimentação das pessoas. A alta nos preços das proteínas animais e estímulos ao beneficiamento da soja dentro do país, também serão fatores que podem auxiliar no aumento do consumo de proteínas vegetais. Deve-se lembrar sempre, que optar por opções nas quais o alimento seja produzido com baixa aplicação de agrotóxicos evita a contaminação do alimento in natura e possíveis mal estares.

Autora:

Julia Damiani, acadêmica do 5º semestre de Agronomia e bolsista do grupo PET Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria — UFSM

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