A cadeia produtiva do leite no estado do Rio Grande do Sul tem passado por um processo de tecnificação intenso, mirando o aumento da produtividade. Uma forte tendência é a rastreabilidade dos produtos para os consumidores, que visa garantir a segurança alimentar, ligando a fonte do produto diretamente com o consumidor, a fim de estabelecer confiabilidade na origem de produto. Diante disso, produtores e empresas buscam inovar constantemente através da aplicação de tecnologias de rastreamento, juntamente com o balanceamento da quantidade de leite produzido, da sanidade do animal e do valor gasto na produção.
Buscando desenvolver uma ferramenta capaz de trazer mais um auxílio para os produtores de leite, uma empresa elaborou coleiras com funções que ultrapassam a rastreabilidade do rebanho. Este equipamento é capaz de detectar os animais que estão entrando no cio, como também o melhor momento para se efetuar a inseminação, com intuito de aumentar as taxas reprodutivas do rebanho. Também serve como banco de dados sobre os manejos realizados com cada indivíduo do rebanho, possibilitando que o responsável técnico adicione todas as informações no software.
Além disso, através do monitoramento de lote e do comportamento dos animais são geradas informações sobre a sanidade dos animais, possibilitando a identificação precoce de doenças e o acompanhamento nutricional preciso das vacas, da interferência dos manejos e do stress térmico na sua produção, para que seja possível a intervenção antecipada para a resolução de algum problema diagnosticado.
O equipamento foi desenvolvido por uma empresa que iniciou sua atividade na incubadora de startups da UFSM, denominada CowMed, e é reconhecida como uma das empresas que mais obteve sucesso no processo de desenvolvimento deste programa. Atualmente, são cerca de 15.000 vacas monitoradas em mais de 100 fazendas espalhadas por todo o Brasil. Com isso, é possível observar que o setor está buscando alternativas tecnológicas para intensificar o processo produtivo, visando ir além do abastecimento do mercado, pois permite otimizar tarefas, reduzir custos da atividade e pode oferecer ao consumidor uma maior segurança sobre o produto que está consumindo.
Autor:
Alexandre Castro Reis, acadêmico do 7º semestre de Agronomia e bolsista do grupo PET Agronomia — Universidade Federal de Santa Maria
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